Aborto para diminuir a violência

 

            Volta e meia o assunto aborto vem à tona. Agora ele voltou à mídia pelas declarações onde Sérgio Cabral governador do Rio de Janeiro associa violência a pobreza, afirmando que o aborto pode ser uma das soluções. Mas não a pobreza pela omissão do Estado; pela falta de políticas publicas; a pobreza pela corrupção que não permite recursos para a Educação, Saúde, moradia, etc., etc... 

            É difícil termos que engolir certas declarações preconceituosas, certos pensamentos que devem manter apenas em seus pensamentos e não levar para a sociedade, visando nada mais que aparecer, que buscar holofotes apenas isto. Acreditar que tais declarações vão produzir ibopes positivos. 
 

            Quando Cabral assumiu o governo fez o maior barulho quanto à questão da violência, pedindo ajuda ao governo federal, buscando os holofotes, no entanto, os moradores do Rio podem dizer se a violência diminuiu ou não. Ao que nos é repassado pela mídia a violência não diminuiu, pelo contrario, são cenas de guerras que todos os dias a imprensa traz para sociedade, vitimas de balas perdidas enfim, cenas chocantes. 

            Na festa do Pan-americano foi nítido que a sociedade não está satisfeita, haja vista as vaias recebidas pelos políticos que fizeram abertura e fechamento do evento. A sociedade gostou do evento, porém também fez sua manifestação de repudio vaiando os políticos.

                        Mas voltando ao caso de suas declarações (Sérgio Cabral) associando à violência a quantidade de pobres e aproveitando para erguer a bandeira do aborto é muito simplista e desproporcional. Talvez ele não saiba que hoje atualmente mais de 80% da sociedade é contra o aborto e uma senadora de seu estado teve uma fraquíssima votação por ter declarado favorável ao aborto inclusive com projeto de Lei sobre este tema. 

            Suas declarações são tão simplistas e sem sentido para justificar a falta de controle da violência por parte do Estado que parece subestimar a inteligência humana. Talvez se criar uma lei que elimine os pobres começando pelas crianças, adolescentes e anciãos possa acabar a violência de vez, se acompanharmos seu raciocínio. Voltando no tempo, me fez lembrar um insano presidente da Republica do século XIX, que achou que poderia destruir uma raça, para purificar a sua, Adolf Rither. 

            Finalizando é lamentável que a vida não tenha valor algum para certas pessoas e que, suas declarações acabam recebendo eco por parte de parte da sociedade. 

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 31/10/2007
Reeditado em 31/10/2007
Código do texto: T717475