O planeta em xeque
Arrisco-me a dizer que o ser humano e a terra-mãe estão passando pelo maior teste em todos os tempos.
Nem poderia ser menor a dimensão, porque agora ela é global nas ramificações e no conhecimento que se tem da crise.
Em outros momentos, a História nos conta, os seres humanos enfrentaram disputas, violência, abusos, catástrofes, desastres, tirania, doenças, pestes, medo, pânico, etc.
Parece, entretanto, que essas mazelas não atingiam a todos e com tal intensidade o tempo todo. E tampouco parece que todos tomassem conhecimento, ao mesmo tempo, do que acontecia em geral no mundo.
Convivemos, portanto, com os problemas em si e com a consciência de que eles se repetem em todo a parte, o que dissemina o medo em escala inédita.
Ninguém está aqui menosprezando os progressos obtidos pela civilização, nem querendo voltar no tempo em busca de idades do ouro ou da época em que se amarrava cachorro com linguiça. Mas somem todas as guerras e atentados terroristas; os distúrbios; a criminalidade; os problemas urbanos como tráfego e poluição; o abuso de drogas e a prostituição; os desastres ecológicos; o cinismo e a arrogância; a miséria e a fome; as pestes, endemias e pandemias; a corrupção; a especulação financeira, o excesso de consumo e a opressão do capital...Bicho, a coisa tá feia demais! E as organizações políticas não está segurando a onda, de modo que o enfrentamento entre países é uma realidade crescente.
Ansiamos por uma nova cultura, que brote do inevitável temporal. Não há progresso, conforto ou riqueza que pague este sofrimento. Basta!