FOI-SE
FOI-SE
Foi-se a Ford, chega a Oxford, pena que a vacina seja apenas contra a Covid, nada vai resolver em relação as práticas brasileiras adotadas e adoradas por suas diversas instituições, desde áureos tempos. O país em sua democracia seletiva não enxerga um palmo adiante do nariz e olha sempre para o umbigo. O Estado brasileiro é uma lástima, fruto de um ensino sem qualidade e uma educação amorfa que geram perdas individuais e coletivas pela baixa capacidade de entender as mudanças e evoluções. Perdemos o bonde da era do conhecimento e nem há reboque para a era digital. Empresas também perdem bondes e morrem por não acompanhar a transformação de hábitos, costumes e modelos. É o caso da Ford e muitas outras que caíram e outras que cairão.
Quanto a nós, vivemos discutindo picuinhas e parece que não acordamos nunca, embora volta e meia tenhamos lições. Há uma visão canhestra, quando há visão, e corporações públicas e privadas deitadas em seus privilégios, aproveitam-se do berço esplendido, garroteando o couro de nós todos, com luvas de pelica, impedindo um desenvolvimento abrangente. Quanto a indústria automobilística, somos meros montadores, não há automóvel nacional, apenas nacionalizado, ou melhor globalizado, e as empresas vão atrás de lugares onde possam montar seus negócios e encontrem, mão-de-obra qualificada, segurança jurídica e contratual, ambiente de negócios transparentes e, acima de qualquer dúvida, possam ganhar dinheiro, não há fidelidade no mundo empresarial.
Nem vamos tocar em assuntos de pesquisa e desenvolvimento, estamos há anos-luz dessa prerrogativa.
Aos que culpam governos, façam um mea- culpa e assumam as responsabilidades pelos caminhos que foram escolhidos. Enquanto educação e ensino não forem prioridade, jamais sequer seremos rabos de baleias ou cabeças de sardinhas.