ANO QUE VEM, QUERO MUDANÇAS EM MIM!

Dificilmente fazemos aquilo que sabemos ser o certo a fazer. Isso é próprio do ser humano por uma questão de indução da natureza pecaminosa que lhe hospeda. É aquela guerra intestina que vivemos e vivida pelo apóstolo Paulo em suas palavras, quando disse:  “Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim encontro uma lei em mim, quando quero fazer o bem, o mal habita em mim (Romanos 7.19, 20, 21).

O fim do ano velho e a passagem para o ano novo sempre mexe com as emoções de toda gente. A alma já mitigada e as emoções à flor da pele pela passagem do natal fazem com que as pessoas coloquem a roupa do seu super-herói imaginário e saiam desejosas de consertar tudo, de mudar o mundo. Somente o mundo? Não! O universo. É parvoíce pensar pequeno num momento em que se requer ações triunfantes e atitudes de distinta grandeza, dignas de um super ser. Não faz sentido desejar ser o Neymar se podemos ser o Messi. Nesse ponto a mente já nas asas do vento, voa alto e sem limites, incônscia das impossibilidades  entendendo que pensar apenas, não é o suficiente, entende ser preciso fazer algo, ainda que esse  “algo” seja fruto de um devaneio causado pelo pecado que a deixa sempre na dicotomia entre fazer aquilo que é certo ou, produzir aquilo que é errado. Mas a alma sempre tem uma carta na manga. E ela a usa: “A carta das Promessas”. Pronto. Está resolvido. É preciso fazer promessas, pactos, ofertas, dádivas, alianças; é preciso determinar! Determinar é palavra da moda no momento, e o que está na moda tem que ser praticado.

Hoje mesmo acordado na madrugada deixei a televisão ligada em um desses programas triunfalistas chamados evangélicos, quando um pastor, desses invencioneiros pregadores da inverdade, disse a seguinte frase: “venha esta semana que o bispo fulano de tal estará determinando que o fim de ano para você seja de vitória, de prosperidade, (o gerúndio também é dele) sua vida será mudada, seu casamento será mudado”.

Muita gente concebe isso como verdade e, faz disso, sua crença onde deposita toda a sua vida. Gente que acredita nessa gente. Acredita que para mudar sua vida, a vida de outras pessoas ou mesmo o mundo, basta determinar! Basta fazer promessas jogando oferendas no mar para os deuses, submeter-se à oração feita por aquele super-apóstolo da televisão, dando-lhe uma boa soma de dinheiro; ou, molhado pela água “benta” jogada por aquele padre super-pop. Gente que acredita que tudo diferirá; se disser aqueles jargões ridículos do tipo “tá! Amarrado”, “eu declaro”, “eu determino”, que as coisas serão transformadas. Quem sabe talvez, se comprar aquela gravata ou aquele pé de meia, ungidos, por aquele apóstolo boiadeiro; ou, aquele lencinho ensopado pelo seu suor “beatificado” eu consiga fazer tudo que desejo no próximo ano? Sim, porque as portas serão abertas, as barreiras serão quebradas, os demônios serão amarrados. Meus caro leitor amigo. Tudo isso é um monte de besteirol usado pelos vendilhões da fé para enganar os incautos. Aqueles que querem mesmos é ser enganados; pois, não querem pagar o preço real e exigido pelo o Eterno, que é abandono de uma vida em estado de erros. Todas essas mentiras são vaidades de vaidades. Como diz o sábio pregador: “vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1.2). A palavra hebraica para vaidade é (hânvel) הבל  que significa “vapor”, “sopro”, “bolha”, ou seja, qualquer coisa que logo desaparece, e isso, nós podemos aplicar a tudo que dissemos acima. Esta ideia do texto mencionado aplica-se a todos os ídolos a quem confiamos nossas vidas, que sejam homens, imagens ou palavras proferidas. De nada valem! São como vapor, fumaça, e no seu tempo serão de todo dissipadas.

Meus querido leitor amigo, se o Eterno não operar em nós as mudanças que almejamos. Se nossa vida não for cristocêntrica, ano após ano, continuaremos os mesmos. Nada mudará. Mas se Cristo estiver no centro de nossa vida e vontade, ainda que queiramos fazer o mal, o Seu Espírito nos conduzirá a efetuarmos o bem, a vivermos uma vida santa em Sua presença, e isso, nos será suficiente para sermos mais que vencedores. O bem sempre prevalecerá, as mudanças serão perduráveis ainda que tenhamos dificuldades em mudar alguma área de nossa vida. O Eterno nos capacitará agindo em nós, destarte, seremos mais que vencedores. Cristo disse: “eu venci o mundo” (João 16.33). Se Ele venceu, nEle também venceremos.

Quero que me entenda, não estou dizendo que você tenha que viver uma vida sem alvos, sem projeções, sem você poder fazer compromissos ou votos, não! Estou dizendo que todas as nossas promessas e desejos de mudanças, tanto em nós, quanto nos outros, ou mesmo o mundo, é possível! Mas, para isso, é preciso ter o Cristo de Deus como único Senhor de nossas vidas, e não homens. Não confiar em homem algum tampouco em nós mesmos, mas, lançar todas as nossas ansiedades e necessidades ao pé da Cruz. Lembre-se! Toda mudança deve começar, primeiro, em nós; depois, os outros por conta da nossa mudança mudarão a si mesmos. Toda e qualquer mudança deve partir, primeiramente, de nós! De mim, e de você.

Eu quero mudanças em mim. E você? Então, que tenhamos um ano de graça, de prosperidade, saúde, paz e, mundança. Mude! Mude mesmo. Mude você, mude as pessoas,  transforme o mundo para que o ano que vem, verdadeiramente, seja um ano novo para você e familia. Abraços a você leitor amigo, e,  FELIZ ANO NOVO!