O LÍDER NA CONSTRUÇÃO DA ESTRATÉGIA
*Patrícia da Silva Correia[1]
M.ª Beatriz Acampora e Silva de Oliveira2
RESUMO
*Patrícia da Silva Correia[1]
M.ª Beatriz Acampora e Silva de Oliveira2
RESUMO
Este artigo é destinado à pesquisa qualitativa em liderança e suas implicações no ambiente organizacional, o qual circunda a estratégia. Através da pesquisa realizada, buscou-se responder à seguinte indagação: O líder pode ser considerado como o principal elemento inserido na estratégia da organização? Para realização da pesquisa, utilizou-se a técnica de observação e aplicação de questionários aos líderes com grau de instrução e tempo de serviço distintos. A empresa a qual foi realizada a pesquisa é consolidada no ramo de material de construção. Concluiu-se, então, que as dificuldades estão em fazer com que as equipes possam reconhecer a atuação dos profissionais de liderança, com o intuito de demonstrar que os mesmos são capacitados para defender os interesses tanto de sua equipe quanto da estratégia da empresa, analisando como se processa o ambiente diante daquele que está no comando, bem como tornando sua participação essencial para o resultado desejado no fluxo da estratégia organizacional.
Palavras-chave: Liderança. Líder. Estratégia.
ABSTRACT
ABSTRACT
This article is intended for qualitative research on leadership and its implications for organizational environment which surrounds the strategy. Through the survey, we sought to answer the following question: The leader can be considered as the main element inserted into the organization's strategy? To conduct the survey used the technique of observation and questionnaires to leaders with different degree of education and length of service. The company to which the survey was conducted is consolidated in the building material industry. It was therefore concluded that the difficulties are to do with the teams to recognize the performance of leading professionals, in order to demonstrate that they are able to defend the interests of both your team and the company's strategy. Analyzing how environmental processes in front of the one in command. Making its essential contribution to the desired result in the flow of organizational strategy.
Keywords: Leadership. Leader. Strategy.
INTRODUÇÃO
O trabalho em evidência procurou identificar as dificuldades encontradas pelos profissionais de liderança diante de suas atribuições, isto é, sua responsabilidade no desenvolvimento da estratégia desejada pela organização, entendendo que ser um líder não consiste apenas em liderar e que os líderes são diferentes e se moldam conforme o contexto ao qual são expostos. (GOLEMAN, 2015).
É importante salientar que o estudo foi desenvolvido com o intuito de colaborar com reflexões e discussões acerca do tema de uma das áreas de atuação da Administração Estratégica, ou seja, liderança estratégica. Dessa forma, percebe-se que a escolha do tema está relacionada à importância do profissional de liderança e sua desenvoltura diante da estratégia desenvolvida pela empresa. Além disso, é preciso destacar que o aprofundamento do tema em questão torna-se essencial, pelo fato de o líder, nesse contexto, ser visto como um “estrategista”, ou seja, aquele que facilita o processo que circunda a estratégia.
Durante a pesquisa, buscou-se investigar não apenas um líder, mas sim líderes, uma vez que, como afirma MONTGOMERY (2015), o contato com lideranças distintas em um cenário real modifica o pensamento daquele que está no comando. Por outro lado, relacionou-se o problema da pesquisa, levando-se em conta aquilo que é essencial ao líder, ou seja, características, capacidades e habilidades, fundamentais ao profissional no exercício de sua função, entendendo, por um lado, que existe liderança quando aquilo que acontece internamente começa a incomodar o exterior daquele que lidera (MAXWELL, 2015). Por outro, nota-se que os líderes com resultado considerado extraordinário são aqueles que apresentam uma inteligência emocional diferenciada. (GOLEMAN, 2015).
Diante do exposto, é importante salientar que se buscou, neste trabalho, caracterizar o ambiente no qual se processava a estratégia e o papel dos líderes pesquisados, objetivando-se responder à seguinte indagação: O líder pode ser considerado como o principal elemento inserido na estratégia da organização?
Assim, procurou-se averiguar se a estratégia consegue ser desenvolvida sem o líder, bem como se este realmente tem o papel em fazer da estratégia uma realidade em prol dos objetivos que priorizam o resultado. Outro ponto a ser destacado consiste no contexto ao qual o líder é inserido e se o mesmo coloca em prática o que o ambiente do plano da estratégia envolve. Como salienta MONTGOMERY (2012), é preciso lapidar a estratégia, mesmo que seja necessário um tempo extra.
Tais questionamentos visam refletir sobre a prática da liderança, identificando e comparando atitudes de líderes, incentivando o senso crítico e estimulando o percurso da liderança na construção da estratégia. Contudo é importante destacar que a liderança, mesmo quando alcança suas metas, precisa ser observada para que os objetivos traçados sejam analisados profundamente e isso significa dizer que planejar estrategicamente é algo fundamental na busca do êxito. (RIZZATTI E PEREIRA, 2015).
Sobre o trabalho, é relevante mencionar que a intenção aqui foi contribuir com o aprimoramento de uma das áreas da Administração Estratégica, ou seja, ressaltando o papel do líder diante da estratégia, isto é, sua liderança nesse cenário. Assim, procurou-se coletar informações concretas dos profissionais que atuam na área de liderança, para traçar um perfil dos sujeitos acerca do tema. Segundo CHARAN, (2015), é importante mudar, criando possibilidades para, assim, desenvolver-se ainda melhor. Outro ponto a ser destacado é o fato de que a empresa, na qual foi realizada a pesquisa, apenas disponibilizaram perfis masculinos, tornando o contexto feminino ausente. O fato torna o tema ainda mais relevante à sociedade cuja visão de liderança predominante ainda é a masculina, mesmo assim, o caminho da estratégia segue à sua trajetória em busca de ações que justifiquem sua excelência.
No tocante à metodologia, é preciso dizer que foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo, tendo em vista que, segundo PRODANOV E FREITAS, (2013), nesse tipo de pesquisa o ambiente é a fonte de tudo, um mundo que não pode ser separado, ou seja, o indivíduo encontra-se inserido em sua realidade, ora objetiva, ora subjetiva, o que requer um trabalho de campo intenso.
Nessa perspectiva, para coletar os dados, utilizou-se a técnica de observação com minientrevistas e aplicação de questionários, com o intuito de verificar o conhecimento dos líderes em um contexto real, considerando formação e tempo de serviço de cada indivíduo. Os líderes foram, dessa forma, questionados quanto à sua responsabilidade, ou seja, se aquilo que exercem condiz com a funcionalidade atribuída ao cargo na execução da liderança, tendo como base sua importância no ambiente planejado da estratégia.
Durante a pesquisa, três líderes foram entrevistados, e, por uma questão de ética, todos serão identificados por letras, respectivamente, A, B, C. Quanto ao ambiente da pesquisa, por se tratar de empresa, esta será identificada apenas por seu ramo de atividade principal. Isto porque, o essencial para o trabalho são os conteúdos das entrevistas e observações, estes preservados integralmente.
Para analisar os dados, serviram de suporte teórico as discussões a seguir. Antes de apresentá-las, é interessante destacar que, no cenário atual, evidenciamos que, devido à globalização, mudanças podem ocorrer, por isso, precisamos nos adaptar, para lidarmos com as incertezas que possam surgir, tornando imprescindível ao líder mudar não apenas o foco, mas o seu papel na busca de um resultado possível, ou seja, sua visão diante da estratégia. (CHARAN, 2015).
DESENVOLVIMENTO
2.1- CONCEITOS: LIDERANÇA, LÍDER E ESTRATÉGIA
Desde que o mundo passou a ter noção de grupo, o termo liderança encontra-se inserido, sendo este de origem inglesa, ou seja, “leadership”. No entanto, antigamente, os líderes eram definidos tendo como base o poder, isto é, o cargo de chefe devido ao domínio exercido sobre os seus. (PORTAL VOCÊ VENCEDOR, 2016).
Seguindo por esse caminho, nota-se que o conceito de liderança destaca a capacidade de o indivíduo colocar-se diante de massas populares, ou seja, sua caminhada, na busca de um objetivo comum. Em uma retrospectiva ao redor dos grandes acontecimentos da História, evidenciamos que o homem adaptou muitas das coisas em função de suas necessidades e, com isso, tudo que poderia facilitar o seu bem-estar foi transformado, afinal, devido a essa necessidade do dia a dia, o conceito de liderança surgiu. (PORTAL SCRIDB, 2016).
Percebe-se que liderança não é controle, muito pelo contrário, é inspiração e, quando ela ocorre, o líder de verdade abre o caminho para que ela siga em frente, utilizando apenas sua influência. (PORTAL/JORNAL DO EMPREENDEDOR, 2016).
Assim, podemos dizer que o líder exerceu e exerce influência no comportamento ou no modo de pensar do indivíduo. No entanto, sabe-se que líder é uma palavra de origem inglesa “lead”, que se tornou um vernáculo da língua portuguesa no século XIX, seu radical foi integrado à morfologia, adaptando-se o termo. Em outras palavras, chefe, pessoa de maior evidência, individualmente, numa coletividade ou comunidade, ou seja, condutor, capitão, indivíduo que se encontra à frente de um grupo ou equipe. (PORTAL DOCSLIDE, 2016).
Logo, observa-se que:
“Faça a qualquer grupo de homens de negócios a pergunta “O que fazem os líderes eficazes? ” E você ouvirá uma série de respostas: líderes definem estratégias; eles motivam; eles criam uma missão; eles desenvolvem uma cultura. Depois pergunte: O que os líderes deveriam fazer? ” Se o grupo for experiente, você provavelmente ouvirá uma só resposta: o papel singular do líder é obter resultados”. (GOLEMAN, 2015, p. 29).
Completando o cenário, o significado da palavra estratégia:
“...a palavra estratégia vem do antigo grego para “general” – mais especificamente o general no campo de batalha. Nos negócios, a estratégia é a campanha que uma empresa faz no mercado: o domínio no qual compete, a forma como compete e o que quer atingir. ” (MONTGOMERY, 2012, p.18).
Pelo exposto, percebe-se que mudanças ocorreram e ocorrem e devido a esse fato, nota-se o desenvolvimento da liderança no ambiente da estratégia. (RIZZATTI E PEREIRA, 2015).
2.2 - O ESSENCIAL NO DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA
Evidenciamos que:
“... inteligência emocional é a condição sine qua non da liderança. Sem ela, um indivíduo pode ter a melhor formação do mundo, uma mente incisiva e analítica e um suprimento infinito de ideias inteligentes, mas não será um bom líder”. (GOLEMAN, 2015 p. 11).
Sendo assim, os componentes da inteligência emocional são: “autoconsciência, autogestão, empatia e habilidade social”, (GOLEMAN, 2015, p. 14 a 22). Partindo dessa realidade, observa-se que, dos componentes acima citados, a habilidade social é a mais importante no desenvolvimento da inteligência emocional (IE), mas não podemos esquecer que o quociente de inteligência (QI) e nossas habilidades técnicas também são importantes, contudo, essas duas sem o cenário da inteligência emocional não dão o resultado esperado. Por tudo, nota-se que todos são beneficiados com essas habilidades e na falta das mesmas, o líder poderá desenvolvê-las. (GOLEMAN, 2015).
O autor em evidência, também aponta os estilos de liderança, estes são classificados em seis. Vejamos seus nomes e respectivas definições:
“Líderes autoritários mobilizam pessoas rumo a uma nova visão. Líderes afiliativos criam vínculos emocionais e harmonia, Líderes democráticos obtêm consenso pela participação. Líderes marcadores de ritmo esperam excelência e autodireção. Líderes “coach” desenvolvem pessoas para o futuro. E líderes coercivos exigem o cumprimento de metas. “ (GOLEMAN, 2015, p. 30).
De acordo com os estilos de liderança, descritos por GOLEMAN (2015), o líder, precisa mesclar entre os diferentes estilos, haja vista que o domínio dos mesmos proporciona uma desenvoltura mais eficiente. Entretanto, mudanças são necessárias, pois demonstramos nossa insatisfação através do comportamento evidente em nossas relações, por isso, omissão e limitação não ajudam, afinal precisamos sempre nos adaptar para alguma situação e vice-versa.
Contudo, evidenciamos outras qualidades no desenvolvimento da liderança. Segundo MAXWELL (2015), são “21” virtudes, fundamentais para perfeita harmonia de uma equipe de sucesso, estas serão aqui citadas:
Caráter, carisma, comprometimento, comunicação, competência, coragem, discernimento, foco, generosidade, iniciativa, ouvir, paixão, atitude positiva, solução de problemas, relacionamentos, responsabilidade, segurança, autodisciplina, ser prestativo, educabilidade, visão. (MAXWELL, 2015, p. 15 a 135).
Assim, ser aquilo que as pessoas almejam não é tarefa fácil, mas, quando o líder tem consciência de que ele precisa continuar o seu desenvolvimento e que nada é definitivo, o resultado consequentemente aparece. Logo, aquele que não se nega a aprender terá pela frente um longo caminho a trilhar. Isso porque, na liderança os traços precisam ser desenvolvidos diariamente, sendo algo que acontece no indivíduo internamente, harmonizando assim tudo que ele precisa lidar externamente. (MAXWELL, 2015).
Haja vista que:
“A maioria dos líderes bem-sucedidos recebe “feedback” e reconhecimento por características como capacidade de comunicação, motivação, visão, decisão e, acima de tudo, a capacidade de entregar os resultados desejados...” (CHARAN, 2015, p. 15).
Destacamos que para o resultado ser de fato o esperado, esses pontos devem ser considerados, afinal, ninguém deseja fracassar. (GOLEMAN, 2015).
O autor em evidência, também aponta os estilos de liderança, estes são classificados em seis. Vejamos seus nomes e respectivas definições:
“Líderes autoritários mobilizam pessoas rumo a uma nova visão. Líderes afiliativos criam vínculos emocionais e harmonia, Líderes democráticos obtêm consenso pela participação. Líderes marcadores de ritmo esperam excelência e autodireção. Líderes “coach” desenvolvem pessoas para o futuro. E líderes coercivos exigem o cumprimento de metas. “ (GOLEMAN, 2015, p. 30).
De acordo com os estilos de liderança, descritos por GOLEMAN (2015), o líder, precisa mesclar entre os diferentes estilos, haja vista que o domínio dos mesmos proporciona uma desenvoltura mais eficiente. Entretanto, mudanças são necessárias, pois demonstramos nossa insatisfação através do comportamento evidente em nossas relações, por isso, omissão e limitação não ajudam, afinal precisamos sempre nos adaptar para alguma situação e vice-versa.
Contudo, evidenciamos outras qualidades no desenvolvimento da liderança. Segundo MAXWELL (2015), são “21” virtudes, fundamentais para perfeita harmonia de uma equipe de sucesso, estas serão aqui citadas:
Caráter, carisma, comprometimento, comunicação, competência, coragem, discernimento, foco, generosidade, iniciativa, ouvir, paixão, atitude positiva, solução de problemas, relacionamentos, responsabilidade, segurança, autodisciplina, ser prestativo, educabilidade, visão. (MAXWELL, 2015, p. 15 a 135).
Assim, ser aquilo que as pessoas almejam não é tarefa fácil, mas, quando o líder tem consciência de que ele precisa continuar o seu desenvolvimento e que nada é definitivo, o resultado consequentemente aparece. Logo, aquele que não se nega a aprender terá pela frente um longo caminho a trilhar. Isso porque, na liderança os traços precisam ser desenvolvidos diariamente, sendo algo que acontece no indivíduo internamente, harmonizando assim tudo que ele precisa lidar externamente. (MAXWELL, 2015).
Haja vista que:
“A maioria dos líderes bem-sucedidos recebe “feedback” e reconhecimento por características como capacidade de comunicação, motivação, visão, decisão e, acima de tudo, a capacidade de entregar os resultados desejados...” (CHARAN, 2015, p. 15).
Destacamos que para o resultado ser de fato o esperado, esses pontos devem ser considerados, afinal, ninguém deseja fracassar. (GOLEMAN, 2015).
2.3 - A ESTRATÉGIA NO AMBIENTE PLANEJADO
Nesse contexto dinâmico acerca da liderança, procura-se evidenciar o ambiente do planejamento estratégico o qual se encontra à estratégia. Entretanto, quando o assunto é estratégia o ambiente planejado leva em consideração condições internas e externas, estando o líder à frente das decisões que podem resultar em sucesso ou não.
No tocante ao planejamento para tomada de decisões, faz-se necessário classificá-lo em três níveis, são eles: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curto prazo). E, para perceber como eles podem ajudar o líder é fundamental ter ciência do relacionamento dos níveis entre si, visto que o ato de planejar vem muito antes da organização, execução e do controle. (RIZZATTI e PEREIRA, 2015).
Nota-se que:
“...a estratégia se tornou mais uma formulação do que uma ação, mais uma necessidade de fazer a análise correta do que de implementá-la ao longo do tempo. Outro fato problemático foi que o papel especial do líder como árbitro e administrador da estratégia foi eclipsado”. Embora vários livros sobre estratégia tenham sido publicados nos últimos 30 anos, quase nada foi publicado sobre o estrategista e sobre o que esse papel vital exige da pessoa que o exerce. ” (MONTGOMERY, 2012, p. 11)
Diante do exposto, percebe-se que o curso da estratégia é uma passagem “... do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo. ” (MONTGOMERY, 2012, p. 19). Isto é, um ambiente em que às palavras de ordem são: competição e rivalidade. Sabe-se da distância entre o entendimento baseado no intelecto da estratégia e a capacidade de levar essas descobertas para o ambiente desejável. Percebe-se que na estratégia existe uma busca por respostas por alternativas que sejam de fato competitivas, não apenas no papel, mas principalmente na prática. (MONTGOMERY, 2012). Logo, podemos dizer que nada na vida é certo e o caminho é cheio de incertezas e com certeza esse é o maior obstáculo da liderança na atualidade, isto é, transformar incertezas em resultados. (CHARAN, 2015).
2.4 - O FLUXO DA LIDERANÇA ESTRATÉGICA ORGANIZACIONALNo tocante ao planejamento para tomada de decisões, faz-se necessário classificá-lo em três níveis, são eles: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curto prazo). E, para perceber como eles podem ajudar o líder é fundamental ter ciência do relacionamento dos níveis entre si, visto que o ato de planejar vem muito antes da organização, execução e do controle. (RIZZATTI e PEREIRA, 2015).
Nota-se que:
“...a estratégia se tornou mais uma formulação do que uma ação, mais uma necessidade de fazer a análise correta do que de implementá-la ao longo do tempo. Outro fato problemático foi que o papel especial do líder como árbitro e administrador da estratégia foi eclipsado”. Embora vários livros sobre estratégia tenham sido publicados nos últimos 30 anos, quase nada foi publicado sobre o estrategista e sobre o que esse papel vital exige da pessoa que o exerce. ” (MONTGOMERY, 2012, p. 11)
Diante do exposto, percebe-se que o curso da estratégia é uma passagem “... do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo. ” (MONTGOMERY, 2012, p. 19). Isto é, um ambiente em que às palavras de ordem são: competição e rivalidade. Sabe-se da distância entre o entendimento baseado no intelecto da estratégia e a capacidade de levar essas descobertas para o ambiente desejável. Percebe-se que na estratégia existe uma busca por respostas por alternativas que sejam de fato competitivas, não apenas no papel, mas principalmente na prática. (MONTGOMERY, 2012). Logo, podemos dizer que nada na vida é certo e o caminho é cheio de incertezas e com certeza esse é o maior obstáculo da liderança na atualidade, isto é, transformar incertezas em resultados. (CHARAN, 2015).
Segundo CHARAN (2015),
Para sua empresa prosperar em meio à incerteza estrutural, será necessário um novo tipo de liderança – diferente daquele para o qual você foi treinado -, o que requer uma mentalidade totalmente distinta e a capacidade de prever o futuro e partir para o ataque. (p.15).
Com base no autor, entende-se que se o líder não se adaptar às novas realidades e não tentar modificá-las, terá pela frente um cenário adverso, visto que é o líder que guia a organização no caminho que se deseja alcançar, seja ela qual for para fazer da sua experiência o alicerce no caminho do resultado desejado pela organização. (CHARAN, 2015). Portanto, frisamos que constantemente procuramos meios e inspiração, isto é, uma base que nos leve ao caminho da estratégia, para isso, o líder é nossa referência, afinal, ele se encontra à frente da empresa, causando mudanças diversas e que caso não sejam precisas podem causar um futuro incerto em qualquer negócio. (MONTGOMERY, 2012).
Antes de finalizarmos a discussão, para, então, apresentarmos os resultados da pesquisa, é necessário destacar que o líder exerce uma função exclusiva, mas que interfere na coletividade, a qual o mesmo é exposto constantemente, e por tal, sua liderança se justifica no cenário da estratégia. (RIZZATTI e PEREIRA, 2015).
Para sua empresa prosperar em meio à incerteza estrutural, será necessário um novo tipo de liderança – diferente daquele para o qual você foi treinado -, o que requer uma mentalidade totalmente distinta e a capacidade de prever o futuro e partir para o ataque. (p.15).
Com base no autor, entende-se que se o líder não se adaptar às novas realidades e não tentar modificá-las, terá pela frente um cenário adverso, visto que é o líder que guia a organização no caminho que se deseja alcançar, seja ela qual for para fazer da sua experiência o alicerce no caminho do resultado desejado pela organização. (CHARAN, 2015). Portanto, frisamos que constantemente procuramos meios e inspiração, isto é, uma base que nos leve ao caminho da estratégia, para isso, o líder é nossa referência, afinal, ele se encontra à frente da empresa, causando mudanças diversas e que caso não sejam precisas podem causar um futuro incerto em qualquer negócio. (MONTGOMERY, 2012).
Antes de finalizarmos a discussão, para, então, apresentarmos os resultados da pesquisa, é necessário destacar que o líder exerce uma função exclusiva, mas que interfere na coletividade, a qual o mesmo é exposto constantemente, e por tal, sua liderança se justifica no cenário da estratégia. (RIZZATTI e PEREIRA, 2015).
2.5 – PANORAMA DA PESQUISA
Nesta parte do trabalho, iremos relatar um panorama do que foi realizado e encontrado na pesquisa qualitativa que originou o artigo em discussão, tendo em vista que, segundo PRODANOV E FREITAS, (2013), pesquisar consiste em obter respostas para averiguar os fatos abordados.
No entanto, convém frisar que os autores utilizados como fundamentação na pesquisa abordam às teorias em forma de discussões, por isso, estas foram aqui expostas da mesma maneira, ou seja, levando-se em consideração aquilo que é característico em cada uma delas, ou seja, traços, comportamentos, como também, o ambiente situacional e transformacional, vivenciado pela liderança, isto é, ambiente das incertezas e mudanças, estas, vitais ao bom resultado diante da estratégia desenvolvida por aquele que está no comando.
A seguir serão apresentados dois quadros, os quais serão descritos em detalhes, para um maior entendimento da análise de dados como um todo. Tais quadros foram nomeados de quadro 1, o qual apresenta um perfil geral dos sujeitos da pesquisa, e quadro 2, que traz uma panorâmica da aplicação dos instrumentos de coleta de dados com cada líder.
Quadro 1 – Perfil dos líderes
Líderes
Categorias: A, B, C.
Idade: 33 anos, 36 anos, 40 anos.
Formação: Nível médio, Sup. Incompleto, Sup. Completo.
Função: Coord. Comercial, Coord. Comercial, Coord. Comercial.
Tempo na função: 9 anos, 5 anos, 7 anos.
Turno de trabalho: Vespertino, Vespertino, Vespertino.
No quadro 1, trazemos as idades e alguns dados relativos à formação e à vida profissional dos líderes, estes referentes à empresa na qual realizamos à pesquisa. Nota-se que o líder A é o que possui mais tempo na função, sendo o mais jovem dos três. Durante a entrevista, ele acrescentou que deseja estudar Administração, mas afirma não ter tempo, pois precisa dar atenção à sua família. Sua formação é o nível médio. Tal líder relatou ainda que devido à instabilidade econômica os salários foram reduzidos, bem como informou que a empresa disponibiliza atualização profissional sem nenhum custo na modalidade à distância.
O líder B, declarou ter iniciado na empresa como projetista, não completando sua formação superior. Informou ser solteiro e que pensa em terminar os estudos, possui 5 anos na função, embora tenha mais tempo na empresa. Enfatizou que a meta da organização faz tempo que não é alcançada causando, assim, uma sensação de insegurança, diante da liderança.
Quanto ao líder C, este esclareceu ter vindo do setor de logística da empresa. Sua formação é em Direito. O mesmo possui 16 anos de trabalho na empresa onde a pesquisa foi realizada, no entanto, na função de líder, está há 7 anos. Informou ainda ser casado e que é muito difícil conciliar: trabalho, estudo e família. Foi enfático em dizer que a estratégia da organização tem foco no cliente e que todos os dias todos se reúnem, antes do turno, em prol dos resultados. No geral, todos os entrevistados pertencem ao quadro de “Coordenadores Comerciais” da empresa analisada, desempenhando suas funções à tarde.
Quadro 2 – Cronograma da coleta de dados com os líderes
Observações: Líder A, Líder B, Líder C.
1ª 05/07/2016 - ter.
Questionário -13h às 14h.
Questionário – 13h às 14h.
Questionário – 13h às 14h.
2ª 05/07/2016 - ter.
Entrevista – 14:20h às 15:20h.
3ª 05/07/2016 - ter.
Observação 15:21h às 16:21h.
4ª 05/07/2016 - ter.
Entrevista – 16:22h às 17:22h.
5ª 05/07/2016 - ter.
Observação – 17:23h às 18: 23h.
6ª 05/07/2016 - ter.
Entrevista – 19:24h às 20:24h.
7ª 05/07/2016 - ter.
Observação – 20:25h ás 21:25h
O Quadro 2 demonstra como realizamos a coleta de dados com cada líder, trazendo o dia e os horários em que foram aplicados os questionários e entrevistas, como também quando e por quanto tempo os profissionais foram observados no desempenho de seu trabalho. Sobre a referida coleta, é preciso dizer que cada líder respondeu ao mesmo questionário. Quando entrevistados, apresentaram pontos distintos no exercício da função, os quais foram descritos no Quadro 1, como complemento aos perfis dos sujeitos.
Sobre as observações, foi possível perceber toda dinâmica do ambiente organizacional ao qual circunda a estratégia e também como esta se processa quando aquele que lidera tem o papel de torná-la possível. Dando sequência, vejamos o que os líderes responderam, sendo as perguntas enumeradas de 1 a 7:
No entanto, convém frisar que os autores utilizados como fundamentação na pesquisa abordam às teorias em forma de discussões, por isso, estas foram aqui expostas da mesma maneira, ou seja, levando-se em consideração aquilo que é característico em cada uma delas, ou seja, traços, comportamentos, como também, o ambiente situacional e transformacional, vivenciado pela liderança, isto é, ambiente das incertezas e mudanças, estas, vitais ao bom resultado diante da estratégia desenvolvida por aquele que está no comando.
A seguir serão apresentados dois quadros, os quais serão descritos em detalhes, para um maior entendimento da análise de dados como um todo. Tais quadros foram nomeados de quadro 1, o qual apresenta um perfil geral dos sujeitos da pesquisa, e quadro 2, que traz uma panorâmica da aplicação dos instrumentos de coleta de dados com cada líder.
Quadro 1 – Perfil dos líderes
Líderes
Categorias: A, B, C.
Idade: 33 anos, 36 anos, 40 anos.
Formação: Nível médio, Sup. Incompleto, Sup. Completo.
Função: Coord. Comercial, Coord. Comercial, Coord. Comercial.
Tempo na função: 9 anos, 5 anos, 7 anos.
Turno de trabalho: Vespertino, Vespertino, Vespertino.
No quadro 1, trazemos as idades e alguns dados relativos à formação e à vida profissional dos líderes, estes referentes à empresa na qual realizamos à pesquisa. Nota-se que o líder A é o que possui mais tempo na função, sendo o mais jovem dos três. Durante a entrevista, ele acrescentou que deseja estudar Administração, mas afirma não ter tempo, pois precisa dar atenção à sua família. Sua formação é o nível médio. Tal líder relatou ainda que devido à instabilidade econômica os salários foram reduzidos, bem como informou que a empresa disponibiliza atualização profissional sem nenhum custo na modalidade à distância.
O líder B, declarou ter iniciado na empresa como projetista, não completando sua formação superior. Informou ser solteiro e que pensa em terminar os estudos, possui 5 anos na função, embora tenha mais tempo na empresa. Enfatizou que a meta da organização faz tempo que não é alcançada causando, assim, uma sensação de insegurança, diante da liderança.
Quanto ao líder C, este esclareceu ter vindo do setor de logística da empresa. Sua formação é em Direito. O mesmo possui 16 anos de trabalho na empresa onde a pesquisa foi realizada, no entanto, na função de líder, está há 7 anos. Informou ainda ser casado e que é muito difícil conciliar: trabalho, estudo e família. Foi enfático em dizer que a estratégia da organização tem foco no cliente e que todos os dias todos se reúnem, antes do turno, em prol dos resultados. No geral, todos os entrevistados pertencem ao quadro de “Coordenadores Comerciais” da empresa analisada, desempenhando suas funções à tarde.
Quadro 2 – Cronograma da coleta de dados com os líderes
Observações: Líder A, Líder B, Líder C.
1ª 05/07/2016 - ter.
Questionário -13h às 14h.
Questionário – 13h às 14h.
Questionário – 13h às 14h.
2ª 05/07/2016 - ter.
Entrevista – 14:20h às 15:20h.
3ª 05/07/2016 - ter.
Observação 15:21h às 16:21h.
4ª 05/07/2016 - ter.
Entrevista – 16:22h às 17:22h.
5ª 05/07/2016 - ter.
Observação – 17:23h às 18: 23h.
6ª 05/07/2016 - ter.
Entrevista – 19:24h às 20:24h.
7ª 05/07/2016 - ter.
Observação – 20:25h ás 21:25h
O Quadro 2 demonstra como realizamos a coleta de dados com cada líder, trazendo o dia e os horários em que foram aplicados os questionários e entrevistas, como também quando e por quanto tempo os profissionais foram observados no desempenho de seu trabalho. Sobre a referida coleta, é preciso dizer que cada líder respondeu ao mesmo questionário. Quando entrevistados, apresentaram pontos distintos no exercício da função, os quais foram descritos no Quadro 1, como complemento aos perfis dos sujeitos.
Sobre as observações, foi possível perceber toda dinâmica do ambiente organizacional ao qual circunda a estratégia e também como esta se processa quando aquele que lidera tem o papel de torná-la possível. Dando sequência, vejamos o que os líderes responderam, sendo as perguntas enumeradas de 1 a 7:
Na sua opinião o líder interfere na estratégia da organização? Justifique:
Líder A – “Sim. Pois a empresa pode até criar a estratégia, mas a prática é bem diferente da estratégia.
Líder B – “Sim. Pois a vivência dia a dia dos objetivos faz com que o líder extraia exemplos, fora e dentro da própria organização, para aperfeiçoar as estratégias e até mesmo mudá-las. ”
Líder C – “Creio que ele contribui para melhoria dos processos que por ventura não estejam funcionando bem. ”
Pelo exposto, percebemos que existiu consenso, ou seja, nenhuma resposta foi negativa ou contrária ao papel do líder na construção da estratégia na organização. ”
2 - Você conseguiria identificar qual é o seu perfil de liderança? Comente:
Líder A – “Dinamismo. Cumprimento das tarefas do dia a dia com a equipe. ”
Líder B – “Participativo. Procuro participar de todos os processos criativos e de construção junto com a equipe. ”
Líder C – “Liderança Participativa, contribuindo na formação do indivíduo para que se torne autônomo em si mesmo. ”
Diante das respostas, vemos que os três líderes se identificaram como sendo de perfis diferentes, ou seja, o líder A nomeou-se segundo o estilo “coaching, “ pelo que foi descrito, já o líder B, de acordo com sua resposta, encaixa-se no estilo democrático, enquanto o líder C, pelo dito por ele, tem características do estilo afiliativo e democrático. ” O fato demonstrou o comportamento que se moldou ao ambiente notório às relações humanas.
3 - Para você quais características são essenciais para ser um bom líder? Justifique:
Líder A - “Primordial: É saber “escutar” a equipe no dia a dia.”
Líder B - “Escutar e saber falar nas horas certas; pois o bom líder deve ouvir, sintetizar e tomar atitudes. ”
Líder C - “Participativo – Contribui no desenvolvimento das tarefas, Motivado - Acredita que é possível, Estratégico – Análise dos prós e contras, prever possíveis obstáculos e prepara a equipe. “
Nas respostas acima, nota-se os líderes A e B citaram uma mesma característica entre outras do contexto, já o líder C não citou nenhuma dentro do contexto dos líderes A e B. O fato demonstra a diversidade dos traços.
4 - No percurso da liderança a inteligência emocional faz diferença? Comente:
Líder A – “Sim. Temos que nos colocar no lugar da pessoa ou colaborador se queremos cumprir metas e objetivos, temos que está bem. ”
Líder B – “Sim. Lidamos dia a dia com pessoas com características distintas e
com problemas pessoais; a questão é sempre se colocar no lugar do próximo. ”
“Líder C – “ Sim, é importante que o líder conheça cada um para que seja
dado a cada, um tratamento. “
Analisando-se as respostas, percebe-se o consenso, ou seja, ninguém discordou da importância da inteligência emocional no cenário da liderança.
5 - Para você quais atitudes não podem faltar na prática da liderança? Justifique:
Líder A – “O espírito empreendedor. Ser positivo sempre! ”
Líder B – “Simplicidade, polivalência, realização, pois equipe segue a liderança. ”
Líder C – “Senso de equipe, fazer com que todos trabalhem em prol de um objetivo comum. Visão estratégica – Conhecer o caminho que vai trilhar. ”
Todos responderam diferentemente, no entanto, houve consenso quanto à necessidade de atitude para justificar a prática da liderança.
6 - O senso crítico ajuda na construção da estratégia de um líder? Comente:
Líder A – “Sim. Pois temos que calcular todos os custos. ”
Líder B – “Sim. Pois em momentos de muitas cobranças em resultados devemos ter o senso crítico para não extrapolar e perder os valores. ”
Líder C – “Sim, é fundamental para um bom líder saber ouvir, principalmente quando o assunto levantado refere-se ao seu comportamento como líder. ”
As respostas para esta pergunta revelam um consenso entre as opiniões dos líderes entrevistados, uma vez que nenhum deles discordou da importância com relação ao senso crítico.
7 - Na atualidade é interessante estimular a liderança estratégica? Justifique:
Líder A – “Sim. Pois com a participação de todos alcançaremos um só resultado. ”
Líder B – “Sempre, pois o bom líder é aquele que tomamos como exemplo, independente de posição. ”
Líder C – “Sim, é através da partilha do conhecimento adquirido ao longo dos anos que se obtém bons resultados, equipes autônomas, motivadas e com foco no resultado. ”
Houve mais uma vez um consenso nas respostas, ou seja, todos demonstram compreender que estimular o ambiente da liderança estratégica é fundamental, pois precisam se adaptar às mudanças que por ventura possam acontecer nesse cenário, ou seja, nada de temer aquilo que ainda não conhecem, transformando assim o inesperado em possibilidades.
2.6 – EM DISCUSSÃO UMA ANÁLISE DOS RESULTADOS
Quanto aos conceitos nota-se um consenso dos autores, sites consultados e entrevistados, ou seja, percebemos que liderança deixou de ser algo servil para se adaptar às mudanças e que mesmo sendo um exercício particular, envolve o todo, isto é, implica na coletividade, afinal, entre líderes e liderados harmonia é essencial na busca dos resultados.
Levando-se em consideração relação de poder, confiança, ética, entusiasmo e principalmente características, habilidades e comportamentos na construção da estratégia, quanto àquilo que é essencial ao desenvolvimento da liderança, os autores e entrevistados foram unânimes, saber trabalhar em equipe, não temer mudanças, pensar além, no entanto, ressaltamos que por apenas contarmos com opiniões masculinas no contexto dos entrevistados, não podemos deixar essa lacuna sem uma explicação, haja vista que a empresa na qual realizamos à pesquisa não disponibilizou perfil feminino. O fato demonstra que existe certa resistência quanto a esta questão. O interessante é que, apesar das mudanças nesse cenário dos líderes e da sociedade como um todo, falar em liderança feminina ainda é um “tabu”.
Outro ponto verificado a partir dos autores e entrevistados foi o ambiente planejado da estratégia, um conjunto de desafios que exige do profissional planejamento. Isso porque o ato de planejar antecede os demais, ou seja, vem antes da tentativa de organização, da provável execução e do desejo de controle. Aliás, controle é uma palavra que pode gerar situações diversas, uma vez que precisamos harmonizar todos os níveis do planejamento, isto é, o estratégico, o tático e o operacional. Quando um deles é falho, os demais não apresentam o resultado esperado. Mesmo que se perceba o particular da questão, sem o todo que generaliza, nada acontece. O ambiente interno implica no externo e vice-versa.
Completando a discussão, cabe mencionar que o fluxo da liderança estratégica organizacional, ou seja, com relação aos autores e entrevistados, é o ambiente das incertezas, daquilo que não planejamos mas precisamos lidar e que caso à liderança não “tome uma atitude” jamais conseguirá sobreviver. Não podemos saber de tudo, mas, podemos nos preparar para aquilo que ainda não conhecemos, partindo para o “ataque” que no contexto globalizado cada vez mais é dinâmico e incerto e é nessa incerteza que o líder executa sua liderança, fazendo da mesma sua estratégia.
CONCLUSÃO
É evidente que o líder apresenta traços e na pesquisa que realizamos de caráter qualitativo, eles foram evidenciados, a saber: características e habilidades de todos os tipos, isto é, inteligência emocional (IE), quociente de inteligência (QI) e habilidades técnicas que tornam o mesmo apto ao exercício da liderança. Também percebemos que o líder é constantemente avaliado por seus feitos, sejam eles positivos ou não, no entanto, precisa ter desenvoltura e vontade para aprender dia a dia como ter uma atuação ainda melhor.
Na pesquisa constatou-se que o comportamento também é um fator relevante, haja vista que somos constituídos por relações humanas, o fato atinge diretamente o nosso desenvolvimento enquanto ser, como também do grupo liderado por nós, sendo um aspecto situacional, pois depende do ambiente ao qual estamos expostos. Afinal, seguir um líder que não passa confiança é complicado, percebe-se que essa relação de poder é bem complexa, pois exige, sobretudo, confiança e ética.
Portanto, concluiu-se que cabe ao líder o resultado do planejamento, contudo lidar com pessoas diferentes em ambientes cada vez mais complexos, exige visão, ou seja, precisamos nos adaptar todo o tempo, transformando e criando novos caminhos, para tomarmos decisões que sejam necessárias, isto é, foco na identificação dos problemas e senso crítico para orientar os liderados na resolução dos mesmos. Também averiguamos que na liderança estratégica, é fundamental ter flexibilidade diante das mudanças e incertezas que possam aparecer, sendo o líder, inserido no universo da estratégia presente na organização não por acaso, mas como elemento principal que articula estrategicamente em nome da coletividade.
REFERÊNCIAS
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GOLEMAN, Daniel. Liderança: a inteligência emocional na formação de um líder de sucesso. Tradução Ivo Korytowski – 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.
MAXWELL, John C. As 21 Indispensáveis qualidades de um líder: As virtudes fundamentais para conduzir uma equipe de sucesso. Tradução de Josué Ribeiro – 2ª ed. - Rio de Janeiro: Vida Melhor, 2015.
MONTGOMERY, Cynthia A. O Estrategista: seja o líder de que sua empresa precisa. Tradução de Liliana Negrello; Rio de Janeiro: Sextante, 2012.
RIZZATTI, Giselly; PEREIRA, Maurício Fernandes. Planejamento Estratégico: a contribuição da liderança organizacional para o processo de implementação da estratégia, volume 5; São Paulo: Atlas, 2015.
PORTAL DocSlide. A origem da Liderança. Disponível em: <http://docslide.com.br/documents/a-origem-da-lideranca.html>. Acesso em 23 mar. 2016.
PORTAL do Empreendedor. Inteligência emocional. Disponível em: <http://www.jornaldoempreendedor.com.br/tag/inteligencia-emocional>. Acesso em 25 mar. 2016.
PORTAL Scribd. A história da liderança. Disponível em: . Acesso em 23 mar. 2016.
PORTAL Você Vencedor. Conceito de liderança: O que é liderança? Disponível em: . Acesso em 25 mar. 2016.
PRODANOV, Cleber C; FREITAS, Ernani C. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico 2ª ed. -Novo Hamburgo: Feevale: 2013. Disponível em: . Acesso em 12 de fev. 2016.
[1] Pós-graduanda em Administração Estratégica pela Universidade Estácio de Sá - Campus Freguesia – RJ; Graduada em Letras, atua como autônoma nas Artes Visuais, participações em antologias poéticas e autora em sites; e-mail: patycorreia21@yahoo.com.br
2 Professora Universitária, Psicóloga, Jornalista, Mestre em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), com doutorado em Saúde Pública em andamento, autora de livros.
Observação: TCC nota 10 na Estácio - RJ - conclusão de curso de MBA em Administração Estratégica em 2016.
2 Professora Universitária, Psicóloga, Jornalista, Mestre em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), com doutorado em Saúde Pública em andamento, autora de livros.
Observação: TCC nota 10 na Estácio - RJ - conclusão de curso de MBA em Administração Estratégica em 2016.