A IMPORTÂNCIA E OS SIGNIFICADOS

Somos o outro...

Entre as muitas ideias que penso e as poucas que materializo, surgiu-me esta para uma série de vídeos e textos que pretendo publicar em formato didático. Isto é, conteúdos explicados de forma simples, elementar, básica mesmo para quem está buscando uma primeira aproximação do tema ou enunciado.

Penso que, para melhor entender como ocorre a atribuição da importância ou do significado, eu poderia começar responder estas perguntas: quem diz ou quem afirma ou confirma que eu sou importante? Ou que algo que faço é importante? Estou escrevendo este texto – quem vai definir se ele é importante ou significativo?

Inicio com duas possibilidades imediatas. As respostas podem ser: eu e outros. Eu posso dizer, argumentar e justificar que sou importante. Eu digo para mim ou para você que está me lendo agora, que este texto é muito importante, pouco importante ou apenas importante. Não posso dizer que ele não é importante, pois se fosse, eu não estaria escrevendo. Ou então posso compreender que outros – todos os outros ou alguns – podem dizer ou expressar que o que estão lendo é importante ou não. Estas duas possibilidades estão presentes em todas as situações concretas ou abstratas, respeitadas suas contextualizações.

Agora cabe uma pergunta central para a qual este post se dirige: qual a importância ou significado atribuído MAIS importante, o meu ou de outros?

Vejam que não estou perguntando qual é importante e sim qual o MAIS importante. Isso é fundamental para compreender um pouco como o discurso nos valida, ou não. Falando simplesmente de importância, eu tenho como me atribuir importância e os outros também tem. Mas o valor que me indico, se não encontrar eco no outro/s, de nada vale. Ou seja, o que de fato referencia um valor são, em última instância, os outros. Ou melhor, eu pensar e acreditar que sou importante pode fazer sentido para mim. Porém, na coletividade o que importa é o que os outros pensam a meu respeito e ainda mais relevante é o retorno que consigo sobre o que os outros pensam.

Nesse caso, meu objetivo é promover reflexão sobre o papel do outro acerca de tudo o que fazemos. O discurso e a linguagem só se efetivam em relação com alguém. Estes, o discurso e a linguagem, só se tornam comunicação quando encontram o outro. O valor está no outro.

Exemplo, imaginemos que eu escrevo um livro, de 100 páginas, imprimo 1000 cópias, chego em casa e guardo as caixas, sem nem as abrir. Qual é o valor do meu livro? Para mim, quem sabe (?) estranhamente o livro pode ter um valor afetivo, egoísta, isolado. De resto, ninguém sabe se eu escrevi algum livro.

Ao contrário, ao distribuir o livro ou vendê-lo, a sua importância e significado ganham coletividade. A importância reverbera um valor, que pode ser positivo ou negativo. Este valor, coletivo, eu não posso atribuir ao meu próprio objeto, nem a mim mesmo.

Finalizando, pode se pensar, então, em valor e importância pessoal e coletiva. Considero, no meu pensar, neste momento, que o referencial MAIS relevante e significativo, de um objeto, de uma pessoa, é o valor que o outro atribui.

Enfim, somos o outro!

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