Onde anda o gosto pelo bem fazer?
Estamos nos tornando simplesmente informáticos, instrumentos de uma tecnologia avançada, capaz até de dispensar a presença humana nas tarefas comuns aos homens, como realizador do fazer diário.
Hoje nos sentimos rejeitados, talvez pela eficiência tecnológica do fazer sem as mãos do homem, todavia, não somos apenas um ser a mais , ou a menos no processo do fazer. O homem é de todas as criaturas a mais privilegiada, a mais inteligente, a mais ousada pelo seu próprio impulso de sua capacidade criadora, pelo seu próprio fim como criatura dotada de inteligência, capacidade de pensar e agir conscientemente.
O homem vem desde o princípio da criação em processo de desenvolvimento, tanto físico quanto intelectual, buscando no seu caminhar diário razões que o tornem digno do seu caráter humano e semelhante ao criador. Isso nos leva a uma reflexão mais profunda do que vemos atualmente, na modernidade dos tempos, na evolução das técnicas, no jeito eficaz do fazer.
Achamos tudo perfeito, moderno, fácil e extraordinário, mas falta-nos algo que nos vai deixando fora do processo da evolução, que nos vai tornando inválidos, mesmo sabendo que somos capazes de evoluir modernamente e tecnologicamente em todas as dimensões, que somos também capazes de mostrar as nossas habilidades individuais essenciais e indispensáveis ao bom gosto do grupo social a que pertencemos. Que somos capazes de fazer tudo com bom gosto e com competência e habilidade profissional.
Onde está o bom gosto pelo fazer, pelo criar, pela realização de atividades que nos satisfaçam e mostrem que fazemos por prazer de fazer bem feito.
"Acredite no que faz e Faça Aquilo em que Acredita" com essa frase o Presidente de Rotary Internationa, 93/94 Robert Barth estabeleceu suas metas para aquele ano rotário, onde o fazer com perfeição consistia em fazer aquilo que sabíamos fazer, mostrando que somos capazes de fazer aquilo em que acreditamos, que somos hasbilitados a fazer porque gostamos de fazer.
Onde anda o gosto pelo bem fazer? Essa é a interrogação que nos leva a refletir o nosso procedimento profissional, o nosso compromisso com aquilo que fazemos como serviço de nossas atividades humanas.