A VERDADEIRA FACE DE UM FINGIDO – ESTELIONATO ELEITORAL
 
Ridícula, mil vezes ridícula, a fala do presidente Bolsonaro sobre o fim da Lava-Jato. ‘Eu não quero acabar com a Lava-Jato, eu acabei com a Lava-Jato, porque no meu governo não existe corrupção’. Num momento em que ainda existem inúmeras investigações em andamento, com muita gente devendo a Justiça e bilhões de reais que ainda podem retornar aos cofres públicos, só um débil mental ou uma pessoa mal intencionada ousaria se manifestar dessa forma. Não é prerrogativa de nenhum presidente decretar o fim de uma das maiores operações de combate à corrupção do mundo. Só a PGR poderia fazê-lo. Bolsonaro fez da Lava-Jato o seu maior trampolim político para chegar ao topo presidencial. Ele agora deixa muito claro que é ele quem manda na PGR, elegendo um pau-mandado para ocupar o cargo de Procurador Geral da República. Defenestrou o ministro Sérgio Moro para poder controlar de perto a Polícia Federal, no momento que começaram a aparecer esqueletos corruptivos de seus familiares e amigos. Alinhou-se e vive amistosamente com muitos corruptos que estão devendo a Justiça desse país. Assim, revela-se mais uma vez a verdadeira face de um fingido. A ciência política costuma descrever estes casos de pessoas que se elegeram com uma plataforma ideológica e que depois de eleitos mudam suas convicções, como Estelionato Eleitoral.