NÃO PARECE EXISTIR ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA EM PARTE ALGUMA
O poder judiciário deve, e muito, ao povo quando o assunto é fazer cumprir as leis e creio que não se obtêm resultados concluídos de ponta a ponta em pelo menos 90 por cento dos casos. O meio burocrático judicial emana punições a inocentes quando avoca mais direitos do que deveres a pessoas à margem da lei. Chamar um réu confesso de suspeito por exemplo evita que ele vá imediatamente para o sistema correcional evitando suas ações criminosas e com ele na rua voltam a acontecer mais adiante.
Até onde sabemos o cordão umbilical entre poderes só não é interligado à população. Nas altas esferas, com mais joio do que trigo, o crime impera E quando o assunto é usar recursos e potencialidades, tanto pior, ficando entre lideranças e apadrinhados toda gama de conluios, tratos acordos e qualquer coisa que no fim exclui quem justificou qualquer demanda que venha a ferir ou atingir interesses. Absurdos como venda de sentenças e até mesmo abreviação da pena com obrigação de criminosos entregar a outros não ficam fora de cena mesmo com larga exposição da mídia.
Criminosos não deveriam ter facilidades pois, de modo algum sairão da facilidade obtida para uma vida honesta. Repetirão aquilo que sempre fizeram e quem sabe com doses maiores de danos sociais. Entre os criminosos como em qualquer parte do mundo temos desde ex-presidentes da república, passando por todas acamadas até chegar a um serviçal menor. O que o que deveria ser considerado na hora da aplicação da lei seria o crime, sem considerar qualquer outra condição a não ser atenuantes e agravantes também inerentes apenas ao ato criminoso, anular o que a pessoa é até que pague pelo que fez. A ciranda criminosa roda, roda e nunca para de rodar.
Claro que tais cirandas não são de exclusividade brasileira, mas o Brasil no quesito fez escola, Mensalão, lava-jato, compra de sentenças, indicação de qualquer autoridade em postos chave, cooptação de setores privados com vantagens fabulosas. Tudo citado diuturnamente à larga por diversos setores da mídia.
Se imaginarmos que um parlamentar pode votar o próprio salário e comparecer a representações em plenário quando bem entender, escolher seus funcionários com possibilidade de gastar parte do erário como lhe convier e inclusive tungar o salário do contratado sob pena de demiti-lo sem essa nem mais aquela caso algo saia errado, veremos o quanto parece que estamos em outro estado dentro do Estado. Aliás, um parlamentar quando pilhado em qualquer falcatrua dá um trabalhão até conseguir expulsa-lo de sua cadeira, movido pelo corporativismo e a preocupação de vitrine do que ainda não foi alvo.
E um chefe de executivo? Faz de tudo para não sair quando pilhado em desmandos e quando sai tem tentáculos por lá pra ensaiar uma volta ou influenciar alguém com suas idéias. Sai ano entra ano, eleições vão e vem e nada melhora porque não há probidade entre quem deveria cobrar resultados e posturas. Não adianta falar que o povo vota errado ninguém vota para escolher funcionários públicos policiais juízes e outros seguimentos onde vez por outra temos gente aprontando.Aos probos parece estar destinada a vida de ermitão onde leis são desnecessárias. O voto é inerente apenas aos políticos. e por falar nisso: Que tal um passeio pela classe política brasileira e tentar encontrar um que dê confiança? Pode ser perda de tempo. Isso apenas irá ampliar uma decepção que já não é pequena.
Bem sabemos que há toda sorte de corrupção sem resultados para sua solução, isso é um indicativo claro que a administração da justiça será sempre questionável. As investigações, pelo visto, são seletivas quando todos deveriam ser investigados. Ferramentas administrativas como a lava-jato tem dado reflexos transparentes e aumentado a confiança do povo em alguma parte do governo, mas não basta para exigir a obrigação de mostrar lisura total dos representantes do cidadão, pagos a peso de ouro, gerando impostos que consumem até um terço do ano de seus ganhos.
Antes do crescimento vem a subsistência e temos pessoas abaixo da linha de pobreza. Uma simples distribuição de alimentos administrada pelo governo tem um lastro de corrupção ou aresto político com favorecimento a alguém e as somas são sempre fabulosas.
As providencias para demandas de atendimento ao COVID 19 já está mandando gente pra cadeia e derrubou um governador de estado. A sensibilidade na hora de ver o quanto a coisa e grave e assola famílias não atinge esses maus governantes. Lidamos com agentes públicos cooptados de todas as formas, gente que deveria ser, mas não é séria. devem ser retirados da administração pública e punidos como bandidos. A condição de servidor de que age assim precisa ser esquecida e agentes desabonadores precisam ser tratados como pessoas à margem da lei.