ENTRETEMPOS
ENTRETEMPOS
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
É de se acreditar em todos aqueles adentrados à terceira idade tenham certas dificuldades nesses tempos ditos modernos, mesmo com esses aparatos tecnológicos ao dispor de todos. E isso é um fato a ser considerado natural porque esses são de outros tempos, de gerações passadas, e lá se vão, no mínimo, uns cinquenta anos. Ou até mais.
Dessa forma pode-se tecer certas considerações, mas estas não serão absorvidas pelos mais jovens, por mais sagazes que sejam, porque não conheceram e nem conhecem a dinâmica daqueles outros tempos. Daí não poderem analisar todos os parâmetros envolvidos em tais questões.
Sendo assim não terão como chegar quase à nenhuma conclusão daquilo que se quer demonstrar nessa assertiva. E isso ficará pendente num prazo indeterminado, até que os jovens atuais cheguem às suas terceiras idades, num futuro qualquer.
De imediato é necessário frisar e ressaltar que os tempos atuais são muito mais fáceis àqueles em referência inicial. Antes não se possuía as alternativas ora existentes, principalmente em tecnologia e instrumentos e ferramentas vistas atualmente. E isso é fator absoluto para homologar as diferenças entre tudo e todos.
Então para quem viveu em outros tempos, não possuindo ao seu dispor tantos recursos quanto são encontrados nos dias atuais, é possível praticar um exercício interessante. O de comparação entre os tempos, as pessoas, as ações, principalmente as profissionais, bem como a capacidade laboral entre todos.
E é aí onde se esbarra numa situação complexa e conflitante. Porque pode-se observar até com certa facilidade desempenhos sofríveis de grande parte das pessoas jovens dos dias atuais. Talvez amparadas e apoiadas nas modernidades, ficaram e ficam mercê dessa condição, tendo seus potenciais substituídos pelos muitos equipamentos que utilizam nas ações que realizam profissionalmente.
Um exemplo um tanto grosseiro que se pode citar a respeito de desempenhos é a utilização de um menu eletrônico. Não existe nada mais estúpido do que ele. O tempo que se perde com palavreados desnecessários, leva a crer que o autor/inventor desse método não entende quase nada do que seja um fluxograma.
Dentre muitas atividades existentes mundo afora, a bancária é uma a qual deveria sofrer uma análise pra lá de criteriosa a respeito da metodologia aplicada no seu cotidiano. Porque perde-se tanto tempo dentro de uma agência bancária, se comparada aos tempos passados, que é fácil tecer as performances sobre as diferenças de qualidade profissional de um trabalhador atual em relação àqueles daqueles outros tempos.
Esse é só um dos milhares exercícios comparativos entre um tempo e outro. Mas existem milhares, quiçá milhões, de outros, o que não se vai demonstrar aqui, por falta de espaço e prevenção de tempo de qualquer leitor que acompanha tal assertiva.
Mas se pode deixar pendente um outro, para que todos passem a analisar. As ações de médicos. Diferentemente do que acontecia naqueles tempos, hoje em dia quase nenhum médico dá um diagnóstico imediato numa consulta a um paciente. Sua primeira ação é exigir exames. Sem eles não conseguem emitir laudos a respeito de nenhuma doença. Quiçá até mesmo um simples resfriado.
E o mundo e a vida vão seguindo em frente. Para desespero dos humanos que já nos séculos passados previam que a máquina (o robot) iria dominar o mundo. E parece que isso já aconteceu. Estranho é que grande parte dos humanos ainda não o percebeu.