Quem resolve?
Quem resolve?
Alguns Sociólogos do primeiro escalão insistem em dizer que o caos nosso de cada dia pode ser resolvido com maior engajamento da sociedade. A frase é correta no sentido amplo, mas falha dentro de cada detalhe. Analisemos alguns rapidamente.
Nós pagamos impostos elevados para:
a) termos escolas públicas, mas temos de pagar uma escola particular para que nossos filhos possam estudar com um mínimo de estrutura, pois na pública, devido ao desleixo por parte da administração localizada, a área está sucateada e desmoralizada, a ponto de ser preciso aprovar alunos com média ZERO.
b) Hospitais públicos, mas temos de pagar um plano de saúde para que nossa família tenha um mínimo de atendimento, pois no público, devido ao desleixo por parte da administração localizada, a área está sucateada e desmoralizada, a ponto de ser preciso levarmos medicamentos aos internados nestes postos de contaminação.
c) Segurança pública, mas temos de pagar um “proteção” em nossas ruas para que possamos transitar com um mínimo de estrutura, pois na pública, devido ao desleixo por parte da administração localizada, a área está sucateada e desmoralizada, a ponto de ser preciso fechar delegacias às 22 horas e cercar nossos prédios com grades medievais.
Não é preciso citar outras dezenas de áreas carentes para percebermos que pagamos duas vezes por cada serviço social já quitado com nossos impostos.
Realmente a sociedade falha por falta de engajamento no sentido de juntar forças para exigir seus plenos direitos e expurgar as ratazanas de suas confortáveis tocas instaladas nos palácios dos governantes corruptos há dezenas de anos.
Muitos dos quais integrados por sociólogos, advogados, médicos, engenheiros e outros que não souberam honrar seus compromissos públicos de estabelecer normas e fiscalização sobre os planejamentos estabelecidos e movimentação das verbas destinadas.
Realmente a sociedade pensante falha por desgastar seus dedos discando para salvar algum “inocente” do paredão do big bobo Brasil e esvaindo sua inteligência para descobrir quem matou quem na última semana da novela que distrai nossas mentes enquanto os problemas administrativos da nação ficam engavetados pelos que recebem polpudos salários e altas “comissões” nos acordos realizados no horário nobre da tv.
Já as enormes parcelas de alienados sem oportunidades de polir seus neurônios se contentam em receber as migalhas largadas e não possuem discernimento razoável para encadear raciocínio lógico para criar as cruzadas cívicas contra as bandeiras inimigas que nos dizimam lentamente.
Haroldo P. Barboza – Vila Isabel / RJ
Recreação pedagógica (infantil e idosos).
Autor do livro: Brinque e cresça feliz.