O HISTORIADOR
Francisco de Paula Melo Aguiar
O historiador é sem sombra de dúvidas o que nunca deve dar-se por satisfeito com que já escreveram sobre o tema de sua pesquisa - é o ir ver com os próprios olhos e nunca contentar-se com os escritos alheios.
Só se faz história indo interrogar os documentos para fundar a memória e elaborar o pensamento crítico e sua importância diante dos arquivos cotidianos formais e informais.
O discurso histórico enquanto literatura de ato e fato existencial e real, precisa necessariamente de documentos para que as citações das fontes falem por si mesmas.
O historiador é o curioso que busca nos papéis existentes, escritos ou verbais, as respostas para suas dúvidas e/ou questões, porque quem pergunta quer saber, para tanto é preciso garimpar do particular para o geral e do geral para o particular, indo e voltando e voltando e indo ao fundo do poço.
O historiador não é aquele que vive lendo os manuais e os livros de história, porque o “modus vivendi” dele depende do contato com documentos formais, aos quais ele deve acrescentar seus testemunhos orais, suas imagens fixas e ou animadas, deduzir e tirar suas conclusões. Isso é o fazer história e não ler a história.
O verdadeiro historiador é aquele que conta o que ainda não foi contado citando as fontes consultadas e a observação oral de quem viveu antes, durante e depois do fato narrado.