A Ciencia e seus limites

A sociedade cria mitos e ela mesmo se encarrega de desvendar certos conceitos ou firmar outros. A sociedade é quem constrói e impulsiona teorias motivando os estudos científicos que ao longo do tempo vão assumindo posições e rendendo-se, comprovando as teorias construídas pela sociedade. Enfim, a ciência muitas vezes é aquela que aprova cientificamente o que já está concretizado de fato, apenas formalizando.

No campo da drogadição é comum observar o que relato. Os conceitos construídos pela experiência sempre responde e caminha antes comprovação pela ciência, ou diria é a experiência que impulsiona o estudo cientifico que reproduz as afirmações acadêmicas.

Quem caminha atras dos livros tão somente, estão de certa forma repetindo o que ouviram ou leram, porem, quem experimenta na pratica se adianta teorias, está um passo a frente daqueles que são papagaios de fundamentos já estabelecidos e colocado pelos cientistas. Enfim, estes que debruçam nos livros puro e simplesmente não passam de discípulos dos grandes sábios e assim nada constróem, são acadêmicos simplesmente.

É comum notarmos o que estou dizendo, quando vemos que os grandes sábios, cientistas, intelectuais, filósofos caminharam na frente da historia e tiveram por esta ousadia descredito, morrendo muitas vezes na solidão e excluídos de seus grupos sociais após muitos anos de convívio e de trabalhos relevantes. Somente após muitos anos de comprovadas teses e teorias, tornaram grandes personalidades, infelizmente personalidades póstumas.

A ciência é como a igreja morosa, cautelosa e que somente posiciona após muitos anos de analise. A questão é que esta morosidade trás conseqüências seja para o fato pesquisado, seja para a sociedade.

Quando vemos determinadas conclusivas oficializadas por pesquisadores ficamos contentes e tristes ao mesmo tempo. Contentes porque a ciência assina embaixo depois de vários anos de experiências no campo de atuação, já que havia conhecimento não oficialmente.

A comprovação cientificamente é um reconhecimento dos precursores que sempre afirmaram tais conceitos. É um prêmio. Por outro lado é uma tristeza porque determinadas conceitos previamente adiantado produz vitimas. Vitimas das chacotas, das exclusões. Algumas vitimas que jamais poderão sentir o alivio do reconhecimento.

Quando vemos relatos já reconhecendo que muitos tratamentos terapêuticos via fármacos são nocivo às varias patologias, em especial, vem confirmar aquilo que muitos dos que atuam na área da drogadição afirmam há anos.

Quando determinada pesquisa cientifica afirma que o uso continuo de canabis ( maconha) pode aumentar as possibilidades de doenças psiquiátricas como a esquizofrenia, está apenas confirmando aquilo que para os que atuam na área sabe.

Qualquer entidade sabe disto, basta conviver com um dependente químico 24 horas por dia, durante uma semana que perceberá os comportamentos psicóticos de um usuário abusivo. Independente de estar ou não sobre efeito. Qualquer pai que tenha um filho dependente químico quando acompanha toda trajetória do ente pode detectar as mudanças do comportamento, as atitudes dos filhos, suas coordenações motoras. Enfim, comprova sintomas psicóticos.

Finalizando o artigo, é necessário respeito pelas novidades que surgem quanto a novas teses, sempre focalizando a fonte, que nem sempre vem de acadêmicos, mas de pessoas que atuam dentro de determinadas áreas.

Não se trata de agir preconceituosamente contra determinado grupo ou não de pessoas minimizando todo um conhecimento adquirido pelos livros, trata-se de ter sensibilidade, ter imparcialidade nas condutas e nas observações. Trata-se de deixar os livros de lado em terminados momento e partir para novas descobertas, de sair em busca de respostas no campo, que muitas vezes saltam aos nossos olhos.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 11/11/2005
Reeditado em 11/11/2005
Código do texto: T70003