O LOCKDOWN E A (FALTA DE) CIÊNCIA

Em toda a história da humanidade, nunca adotaram-se medidas de "lockdown" extremo como as que foram (e continuam sendo) adotadas mundo afora sob o pretexto de combater o coronavírus. Paralisar totalmente a vida social e econômica em função de uma epidemia é, em termos históricos, algo absolutamente inédito, que jamais havia sido feito ou testado - nem mesmo contra vírus e doenças muito mais letais que a Covid-19. A prática estabelecida sempre foi a de isolar doentes e resguardar os mais vulneráveis, enquanto o restante da população - mantendo, evidentemente, certos cuidados - procurava dar continuidade às suas vidas e atividades.

Curiosamente, aqueles que, desde o início desta crise, defenderam com veemência a imposição de lockdowns sempre fizeram questão de enfatizar que assim agiam com base na "Ciência".

Eis que surge o paradoxo. Nesses âmbitos, o conhecimento verdadeiramente científico só pode ser alcançado por meio da experiência e da observação. "Fazer ciência", nesse sentido, é justamente isso: experimentar, testar, observar, para que só depois, baseando-se nos resultados das experiências realizadas, o cientista possa chegar a uma conclusão a respeito da validade de uma teoria ou proposição.

Assim sendo, qual é o "embasamento científico" dos lockdowns? Como alguém pode ter a pretensão de defender "cientificamente" algo que nunca foi testado ou experimentado? Algo cuja real eficácia nunca chegou a ser comprovada?

Como se percebe, nunca houve comprovação científica que atestasse a utilidade dos lockdowns que nos foram impostos. Em todo esse contexto de pandemia, a única "experiência" realizada em larga escala é a de engenharia social, na qual fomos e continuamos sendo as cobaias.