RELATIVIZANDO A MORTE NA PANDEMIA
No afã de defender a teoria ideológica da conspiração contra o governo federal, as pessoas extrapolam tentando subestimar os casos de mortos no Brasil e no restante do planeta. Algumas pessoas citam extensão territorial, número de habitantes, situação socioeconômica da população e concluem dizendo que o Brasil está indo muito bem na condução da política de saúde, já que pela proporcionalidade das vítimas do coronavírus o país ocupa um lugar pouco atingido por essa calamidade, ficando atrás de países da Europa, EUA e outros países. Se essas pessoas acham que mais de um milhão de pessoas contaminadas com “mais de cinquenta mil mortos até agora” é pouco, elas são no mínimo insensíveis, para não chamá-las de fanáticas ideológicas. Acontece que fanatismo tem limites. Relativizar a morte das pessoas atingidas por essa terrível doença foge ao bom senso comum e aquilo que costumamos chamar de racionalidade emocional. As pessoas só se dão conta do sofrimento quando são atingidas diretamente pela dor. Quando algo de ruim acontece com seus entes queridos mais próximos elas reagem diferentemente, choram, se desesperam e algumas saem até  culpando o mundo por aquilo que estão passando naquele momento. "Em cada canto cada um chora seu pranto". Os dicionários nos ensinam que Empatia significa a capacidade psicológica que temos para sentir o que sentiria uma pessoa caso estivéssemos na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentarmos compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva o que outra pessoa sente.