Paradoxo; se lê muito, mas a leitura não é prioridade
Dizem que se lê pouco, esta seja a maior dificuldade na venda de livros em nosso país. Será de fato isto procede?
Quero levantar alguns questionamentos sobre esta afirmação por acreditar que este pensamento é uma meia verdade. Talvez determinadas leituras não desperta interesse pelo leitor, então se cria o mito da pouca leitura. Evidentemente, quando se inicia cedo o incentivo a leitura a tendência é haver uma prioridade neste tipo de entretenimento.
É comum pessoas desprenderem muito tempo em leituras na internet. É comum haver vários grupos e comunidades de literatura e todos com grande numero de participantes; É comum nas repartições os livros, revistas serem lidas. Enfim, dificilmente onde há livros alguém não esteja lendo algum.
No entanto, o que podemos observar é que embora muitos lêem, o que não há, é prioridade pela leitura, isto é, “se tiver eu leio, se não tiver tudo bem.”. Certamente, vemos neste sentido uma cultura da não priorização da leitura e, sendo assim, a venda de livros não decola.
O que podemos também constatar é que os livros que são mais vendidos são aqueles de certa maneira o leitor se vê obrigado a comprá-lo como livros de auto ajuda, temas do cotidiano, receitas...
É lamentável quando ouvimos o comentário como justificativa da pouca venda de livros a questão do custo. É uma justificativa sem nexo, pois, o valor de um livro é insignificante diante a tantos outros entretenimentos culturais.
O custo de capa de um livro de 120 a 150 páginas varia em torno de 20,00 reais. Se dividirmos este valor em pagina chegamos ao valor de 0,135 a 0,016 centavos por pagina. Um xérox varia entre 0,08 a 0,15 centavos. Se levarmos em consideração todo trabalho de arte gráfica, o talento e trabalho dispensado pelo autor, a durabilidade de um livro veremos q é muito barato.
Finalizando, vejo que o grande problema da venda de livros está na questão de prioridade do leitor, isto é, ainda que se lê bastante não existe por parte do leitor este interesse prioritário pela leitura. Então cria-se varias justificativas para a pouca venda de livros no Brasil. Enfim, ainda que os brasileiros lêem muito, não se interessam em adquirir livros.