Teoria da idealização do amor como carência do prazer materno ou paterno com a associação das características da mãe ou do pai
Por: João Paulo da Silva Pereira
Resumo: Neste artigo explanarei sobre a relação Édipica e sua correlação com o amor tal como experimentamos, um constructo de somas sensoriais e a posteriori a abstração do afeto e sua possível correlação com a ideia de arquétipo, que trás a tona o arquétipo do amor a cada indivíduo.
Introdução
O amor idealizado, constructo não tão complexo de uma realidade familiar e genética, sentimentos de desejo pela mãe, acarreta em uma idealização do objeto desejado e em futuros loops de paixões. As transferências falhas e repressões que levam a violência, consumo de drogas e / ou relacionamentos com um vetor contrário do ideal, como idealizado. Acarretam em possíveis ações previstas pelo detento dos fatos aqui expostos. Todo ideal romântico deve ser ouvido, pois ele é um dos percursores de tudo e é a equação que guia sua vida, em busca de descobrir as possíveis incógnitas que correspondem ao seu resultado, como, conforto, carinho e proteção. O ideal que guia a suas interações romântica e por tanto, sua vida, assim podemos generalizar, a ideia de amor gerada por uma carência e não somente um desejo reprimido. É isso que proponho a explicar com minha teoria.
A ideia que aqui proponho, diferente da ideia que Freud apresentou, do desejo reprimido em relação a mãe e futuramente com o complexo de Édipo. Proponho uma idealização inconsciente, ocasionada pela carência do prazer materno, como a primeira forma de desejo sexual. Essa é uma idealização de um futuro parceiro romântico, levando a paixões não compreendidas e ao sentimento de vulnerabilidade (em relação ao ideal romântico), entrega e segurança. Os parceiros românticos sempre obedecem a um determinado número de características, essas características são a base de uma possível correspondência arquetípica inconsciente das principais características da mãe: *Arquétipo romântico individual. * O amor segundo minha teoria, nada mais é do que um desejo não compreendido, um desejo arquetipicamente idealizado, por carência do prazer materno ou paterno.
Desenvolvimento
Amores inesperados e erros que parecem sempre se repetir, erros por parte de você e / ou sua (o) parceira (o). Sentimentos de satisfação pessoal que se repetem, assim como aquela insegurança, que se analisada com cuidado, é oriundo da mesma causa. Tomando posse desta informação e muitas outras, vemos o porque de nossos relacionamentos serem sempre uma relação de troca para ambos, porém de forma inconsciente e não mais para você. Uma carência, ou várias, foram observadas, dizendo muito sobre você e o porque de muitas ações que realiza. Tudo isso fundamentado em um recalque de uma carência, que gerando pulsões para satisfazer aquela carência, te leva a uma busca desenfreada por respostas que muitas vezes é "encontrada" em uma posição de conforto ao cumprimento de suas pulsões, mas não da carência em si. Compreendendo suas ações, te levam ao poder de decidir saciá-las ou não, podendo ser somente indiretamente, se levarmos em conta a carência; *Trazendo consigo uma elevação da potência, que nada mais é do que temporária e ilusória em relação a forma concluída, pois desejos realizados de forma 100% inconsciente, ou quase isso, não te leva a uma reflexão, logo não agrega aprendizado e levando em conta que seu desejo para a realização da carência só irá aumentar, pois o distanciando de tal, gera uma aflição maior, oriundo do distanciamento, que é o que comumente chamamos de pessoas perdidas. Logo a escolha mais racional a se fazer é, conhecer melhor essa sua *idealização arquetípica inconsciente*, levando em conta que somente com uma atividade meramente racional e sistemática, em um processo de introspecção, não seria necessário para se chegar a uma conclusão sobre a implicação do referido fato, já que o próprio fato se tornou visível em uma medida empírica, sendo que a melhor forma de conhecer é, *em uma medida empírica, analisar e correlacionar os dados, com a ausência recalcada.*
A repressão da carência do prazer materno ou paterno pela criança gerada pela ausência, se dar em grande maioria na adolescência que é onde podemos observar também e correlacionar este fato com a busca desenfreada do adolescente por "liberdade", e a briga com os pais para conquistar a referida liberdade. Na adolescência é onde a criança começa a ganhar consciência sobre tudo ao seu redor e incluindo ele próprio, passando a questionar tudo, ele se perde em um mar de questionamentos e não sabe o porquê, não observa isso em ninguém, logo, por um raciocínio demasiado simples, conclui que só ele pensa afinal. O pensamento não é muito analítico, pois há constante presença de hormônios e influências sociais, porém, isso tudo se estende aos pais, pois não o observa com essa instabilidade que o enfurece e por conta também da repressão inconsciente da carência materna ou paterna, por esta causa, além da presença constante dos hormônios, o adolescente em questão irá buscar parceiros românticos de forma desenfreada, porém, em contraposição, temos os adolescentes mais estáveis, apesar de muitos acharem que a causa é pura repressão, estão enganados, pois isto os causariam muitos danos não só no futuro, mas no presente e consequentemente, antes da somatização com o tempo em neurose de angústia, por mais resilientes (que é pouco provável, pois são jovens) que fossem, os prejudicariam em muitos outros aspectos, como foco, prejudicando assim na escola e é o que raramente vemos. O segredo para a estabilidade desses jovens de longe superior as dos outros, é que, não todos, mas a maioria, têm como apoio emocional os pais, pois os pais estenderam seu carinho para com os filhos, os gerando prazer paternal ou maternal, prologando assim, a criança em si e consequentemente não gerando carência materna ou paterna, logo, eles não tiveram tal carência para reprimir, por isto também, o não tão desejo desenfreado para ter um parceiro (a) amoroso (a), ficando assim, satisfatoriamente, no campo das ideias, talvez até de forma inconsciente.
Conclusão
Vimos que o amor tem como causa principal, a carência gerada pela ausência do prazer materno ou paterno gerando repressão por conta da ausência de tal e criando assim, idealizações com base nessa carência e características (físicas e de personalidade) com a do pai ou da mãe. Vimos alguns argumentos para tal ideia, usando como pano de fundo, de forma resumida, a fase de adolescência e como explicação minha tese aqui apresentada, sendo assim, o amor pode ser interpretado como *a idealização de cada indivíduo gerada pela carência do prazer materno ou paterno, por conta da correlação e entrelaçamento do desejo sexual pela mãe ou pai, a priori, com as características da mãe ou do pai.*
Criado: 15/10/2019