LOCKDOWN OU NÃO?

A cada dia fica mais difícil empreender ações contra essa pandemia.

Agora, diante de sua propagação e dos parcos recursos para combate-la, estuda-se a possibilidade de um lockdown, o que na linguagem popular pode ser traduzido mais precisamente como "dá ou desce" em se tratando de nossa população, pois se houver um fechamento total ficaremos entre a fome de grande parte do povo ou a morte na própria casa ou em um dos nossos hospitais públicos onde falta quase de tudo.

O governador de São Paulo já pensa nessa possibilidade e não demora nosso presidente, que agora está usando máscara, demonstrando admitir que essa "gripezinha" poderá ser fatal para grande parte de nossa gente, também vai aderir a essa forma de combate (defesa) mesmo sabendo o prejuízo inevitável que trará para nossa economia e para sua futura reeleição (se o corona permitir).

A nós, pobres eleitores e simples mortais, resta contar com a providência Divina, pois percebe-se que os profissionais de saúde, muito embora dedicados, sabem que a morte os ameaça a cada dia

que chegam em seus ambientes de trabalho sem saber se voltarão para casa, ou se ao voltarem, encontrarão algum de seus familiares

contaminados pelo vírus.

Por isso não encontro melhor tradução para lockdown que o nosso popular "dá ou desce" dado as poucas armas que dispomos para combate dessa praga.

Rio, 11/5/2020