ATO DESATINADO DE UM PRESIDENTE
Está mais do que provado, historicamente, que só na base da força e da porrada ninguém consegue nada. Tudo que era suscetível de se dizer sobre isso já foi dito, mas nunca é demais lembrar. Alguém já disse que “Política é o nome diplomático da lei da selva”. Os grandes estadistas conseguem usá-la sempre a seu favor. “Quanto menos um homem pensa, tanto mais ele fala” (Montesquieu). O grande filósofo, político inglês Francis Bacon disse certa vez: “A adversidade revela nossas virtudes e a prosperidade revela nossos vícios”. “Napoleão chamava a desgraça como a parteira do gênio”. Todo mundo sabe que o presidente Bolsonaro é um cara turrão, bronco e acima de tudo de um egocentrismo exagerado. Para ser mais explícito, Bolsonaro acha que o mundo deveria girar ao seu redor. Muitas vezes se assusta com a própria sombra. Usa uma filosofia política suicida, tal qual fizera o ex-presidente general Figueiredo: Quem não estiver do meu lado, eu prendo e arrebento. “Por que recorrer ao veneno se podes matar com o mel?” (Provérbio Persa). Os políticos declaram guerra a seus opositores mas é o povo que acaba pagando essa conta. Bolsonaro está incorrendo no mesmo erro político de Lula, de usar o famoso “nós” contra “eles”. Alguém já disse certa vez: “Quanto mais observo os representantes do povo tanto mais admiro os cães”. Bolsonaro não pode usar esta visão pálida, deturpada e estereotipada da confrontação. Todo mundo sabe, que a vida das pessoas tem que continuar e que, o que faz girar a roda da economia é o trabalho. Mas isso tem que ser conquistado aos poucos e, talvez, já exista até um clima favorável pra isso nesse momento. Bolsonaro precisa descer do palanque político imediatamente. A sua popularidade continua em baixa. Ontem Bolsonaro radicalizou e passou todos os limites, desafiando o estado de direito pleno, conquistado a duras penas, ao participar de uma manifestação em Brasília em que se pregava um golpe militar. Ninguém precisa de um golpe militar nesse momento, basta Bolsonaro passar o bastão para o general Mourão, que também foi eleito legitimamente pelo povo. Garanto que esse governo voltará a ser respeitado novamente, não pela força, mas pelo respeito, bom senso e credibilidade que o seu vice nos passa.