Saudosa lembrança
Confinada em casa, fugindo do COVID 19, nada melhor do que ler e escrever.
Assim veio à tona doce reminiscência. Lembranças da infãncia.
Sempre em meu quarto, em cima de uma cama devorava Revistas Capricho ( alguém lembra dessa revista?) Lia poesias, histórias, como uma típica amante de livros. Lá, me perdia por horas. Só deixava meu paraíso para dormir ou ir para escola. Que vida prazeirosa!
Adorava bonecas, nenhuma delas era nova ou bonita ( todas de pano). E quando passou a idade para tal distração as deixava arrumadas sobre a cama. Todas eram cuidadas e acariciadas. Esses momentos ficaram para trás em silêncio e sombra.
Gostava de desenhar flores e montanhas. Terminava as lições tão cedo quanto podia e escapava das reprimendas, sendo um modelo de conduta. Admirada por suas colegas por ser estudiosa além de fazer crochê, tricor e bordar.
Mimada, usava roupas lindas, vestidos belos, bem caprichados.
Sempre muito calada não contava seus sentimentos, nem desejos a ninguém embora tivesse suas amigas especiais.
Como mais velha tomou a irmã caçula sob seus cuidados, zelava por ela à sua própria maneira " bancando a mãe", fazendo florescer seu instinto materno.
E por aí vai. Muito teria para contar, daria um livro, mas fico por aqui.
Saudosa.