BOLSONARO E SEUS PALPITES INFELIZES
 
O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento à Nação em rede nacional, nesta terça-feira (24/03), e mais uma vez minimizou os efeitos dessa perigosa pandemia que vem afetando todo o nosso planeta. Criticou a imprensa, os governadores, prefeitos e especialistas em saúde pública. Mandou reabrir as escolas, o comércio e a volta da circulação de todos os meios de transportes por todas as cidades. Falou em pânico e histeria, dizendo que o contágio desse terrível vírus não passa de resfriadinhos e gripezinhas que só afetaria os idosos. Países desenvolvidos como a Espanha e a Itália batem recordes de mortos em um único dia. As autoridades de todos os países vêm implorando para que as pessoas não saiam de casa. Confinamento como medida drástica a ser adotada. As Forças Armadas da Espanha pediram ajuda à OTAN assistência humanitária para combater o novo coronavírus. Existe uma movimentação de guerra em muitos países. Na Itália médicos estão tendo que fazer a famosa escolha de Sofia, escolhem quem vai morrer e quem vai viver, já que não existem equipamentos médicos para todos. Os profissionais de saúde estão se contaminando e alguns até morrendo, tentando salvar vidas. Faltam respiradores, luvas, máscaras de proteção e leitos para acomodar os pacientes infectados. Necrotérios estão saturados faltam até caixões para enterrar os mortos.
O Mundo já tem 2,6 bilhões de pessoas em confinamento parcial ou total. O governo da Índia decretou nesta terça-feira (24/03) o confinamento de toda a população do país, argumentando que não existe outro meio para conter a expansão do coronavírus.  Já se fala que Nova York pode se tornar o novo epicentro da Covid-19. Uma Diretora de Saúde Pública de Los Angeles declarou que a Covid -19 não discrimina nenhuma pessoa por idade ou renda. Entendemos toda esta preocupação do sr. Jair Bolsonaro com toda esta paralisação do país, com seríssimos reflexos na economia e, especificamente no desemprego. Mas ele precisa entender que isto não ocorre só aqui no Brasil, mas em todo o Mundo. Lutamos contra um inimigo invisível que pode causar sérios danos a todos nós. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez uma ponderação sensata, concordando que corremos o risco de termos milhões de desempregados por conta dessa crise do coronavírus e, sugeriu criarem soluções para enfrentamento do problema. Falou em criar uma emenda que vai segregar o orçamento, criando um regime extraordinário fiscal de contratações exclusivo, concluindo, “vamos garantir que todo investimento seja vinculado diretamente à manutenção do emprego, cuidar dos mais vulneráveis e fortalecer a área da saúde”. O presidente tem que entender que ele está muito bem respaldado pelo Congresso, com um grande apoio popular, e que por isso não terá nenhuma responsabilidade dos efeitos ou sequelas desta terrível crise.
Bolsonaro foi eleito para cuidar, em primeiro lugar, do bem-estar do povo. E, neste exato momento, não existe nada mais importante do que a saúde da população. Como já escreveu um ser iluminado, “nenhum dinheiro do mundo pode aplacar o medo que hoje habita os corações das pessoas”.