REFLEXÃO SOBRE ANIZADE

Por: Lindoval Rodrigues Leal - Cel BM

“Ninguém tem amor maior do que aquele dá a sua vida pelo seus amigos. (João 15:13)”

No ano de 1980, com 09 anos de idade eu estava cursando a terceira série do primário em uma escola rural no município de Rondon-Paraná.

Das lembranças que guardo na memória da Escola primária Água Tuiuti, ficou um texto do livro didático cedido pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura, utilizado em sala de aula naquele ano, que salvo engano é do grande escritor Malba Tahan que fazia analogia a amizade.

Contava a narrativa que dois amigos passeavam numa floresta, quando apareceu um urso feroz e os atacou.

Um deles espertamente trepou em uma árvore e escondeu-se entre as folhagens, enquanto o outro ficara na trilha e sem alternativa, deixou-se cair no chão e fingiu-se de morto.

O urso aproximou-se e cheirou o homem, mas como este prendera a respiração, julgou-o morto e foi embora.

Quando o urso já estava longe, o outro desceu da árvore e perguntou, a tirar graça ao amigo que ficara na trilha:

- Que te disse o urso ao ouvido?

Ele de pronto respondeu:

- Disse-me que aquele que abandona o seu amigo é um covarde!

Moral da história: Um amigo não se abandona! Não se trai um amigo de verdade.

Amizades vem e vão ao sabor do vento. Muitas se firmam como verdadeiras e os laços são estreitados e podem perdurar por uma vida.

Outras nem tanto. Sucumbem por vários motivos, mas geralmente é pela conquista ou manutenção do poder a qualquer custo ou pelo culto avarento ao dinheiro a qualquer preço(esta última é recorrente, pois até Judas vendeu Cristo por trinta moedas).

O grande pensador e mestre de karatê o coreano Masutastu Oyama, certa feita cunhou o seguinte texto:

"Perder dinheiro é perder pouco, perder confiança é perder muito, mas perder a coragem é perder tudo, porque perderá a si mesmo. Portanto, mantenha a coragem como o bem mais precioso da vida. Dinheiro não é tudo, nem o mais importante da vida. Ele deve vir naturalmente a você, como fruto do seu trabalho honrado."

Ousarei a cometer o pecado de fazer uma pequena adaptação ao belíssimo texto do grande mestre, fazendo analogia a amizade verdadeira, que ficou assim:

“As vezes perder dinheiro é perder pouco!

Perder a consideração a um colega considerado é perder muito.

Perder uma amizade verdadeira é perder tudo!

Por quê?

Bem, leva-se em conta que se perderá o vínculo que um dia estabeleceu a confiança mútua de irmãos, que norteou e fortaleceu esta relação no decorrer de um determinado tempo.

Portanto, mantenha e cultive as suas amizades verdadeiras como um bem precioso da sua vida.

Dinheiro não é tudo, nem o mais importante...

Ele deve vir naturalmente a você, como fruto do seu trabalho honesto e honrado e não por artimanhas, deslealdade, desonestidade e jogo sujo, onde venha prevalecer todo tipo de canalhices que orbitam o submundo do vil metal, onde amizades verdadeiras são destroçadas”.

Uma amizade de verdade não se compra e nem se vende por dinheiro nenhum!

Como diria um velho amigo verdadeiro que tenho: “Quem tem amigos de verdade não precisa de dinheiro!”

Tenho dito.

Bom dia!