MARIELLE: O DESPERTAR E UMA NOVA ERA

“Eu sou Marielle Franco: mulher, negra, mãe, da favela”, era assim que Marielle Francisco da Silva se descrevia. Natural do Complexo da Maré, favela da zona norte do Rio de janeiro, formada em Ciências Sociais na PUC-RJ e mestre em Administração Pública pela UFF, vereadora do município do Rio de Janeiro, militante pelo direitos humanos e feminista. Nas últimas semanas sua imagem se tornou extremamente conhecida e ganhou grande repercussão, levantando muitas discussões. Motivo? Foi cruelmente assassinada no dia 14 de março deste ano, no centro do Rio de Janeiro, quando voltava de um debate sobre “Jovens negros movendo as estruturas”, coincidentemente poucos dias após ter denunciado uma ação de PMs em uma comunidade ; que aterrorizavam os populares durante a abordagem e jogaram jovens em um valão.

Enquanto via a proporção que sua execução havia se tornado, pus-me a refletir, que sua morte , por mais triste e dolorosa que tenha sido, acordou a população e despertou as “Marielles” que habitavam nos corações das brasileiras: mulheres fortes, a procura de justiça, que lutam pelos direitos humanos e não se calam diante do opressor.

Sua execução mostra o quanto a luta conta as desigualdades sociais incomodam os que detêm o poder. Essas novas “Marielles”, que estão tomando consciência do quão poderosos podem ser , e ate onde suas vozes podem alcançar, são as que lutam diretamente ou indiretamente contra desigualdade, feminicídio, a opressão da mulher negra (historicamente inferiorizada e hipersexualizada), entre muitas outras lutas , que travamos e futuramente iremos travar.

Marielle não nos mostrou apenas a importância de lutar a favor de um futuro melhor, mas também mostrou a força que temos e que podemos ter, e mesmo tendo partido cedo, ainda brilhará como uma estrela de esperança no meio do caos no qual se encontra a sociedade.

Aluna: Maria Luisa N. Gomes Turma: 3°EM