A CHUVARADA, A GAROTADA E AS SUAS DIVERSÕES

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A CHUVARADA, A GAROTADA E AS SUAS DIVERSÕES

Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2020

Em decorrências dessas chuvas torrenciais do verão brasileiro, o que é costumeiro, e vendo os estragos que fez e faz nas regiões onde desabam, reportei-me às décadas de sessenta e setenta do século passado. Falando assim até dá a impressão de ser muito tempo, não é?, mas são só uns cinquenta deles. E passa tão rápido...

Então, morando em bairros que alagavam quando a chuva era extensa e volumosa, como essas desses últimos dias, a gurizada "ficava mais feliz do que pinto no lixo". Era motivo de muita diversão. E naquela época não havia tanta frescura, digamos.

Dos que brincavam nas águas correntes, e até na lama, nenhum de nós, pelo que consta e me lembro, ficou doente ou adquiriu um vírus qualquer em seus corpos. Eram outros tempos, com certeza...

No subúrbio distante do centro da cidade, Anchieta, as ruas eram de terra, com valas em suas laterais, e onde corriam as águas normais. Mas nesses dias de chuvarada, as ruas do bairro viravam verdadeiros riachos, proporcionando-nos uma diversão impagável. E só tem noção disso quem viveu e participou desse tipo de diversão.

As brincadeiras rolavam soltas, a meninada divertia-se a valer, banhando-se nas águas barrentas que corriam nas ruas. Muitas eram as alternativas para isso. Sem contar que havia a possibilidade de pescar as rãs e mussuns que existiam até então.

Claro é que até nesses nossos dias, em alguns locais, uma parte da garotada ainda brinca daquele mesmo jeito. Só que ficam mercês de adquirirem certas doenças/infecções, porque nessa atualidade a existência de coisas ruins, que provocam vários tipos de doenças, não aconselham mais esse tipo de diversão. Uma pena.

Atento Observador
Enviado por Atento Observador em 11/02/2020
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