Jesus

Jesus é uma personalidade histórica e espiritual à frente de todos os tempos. Ele permanece incompreendido e zombado em sua grandeza, por boa parte da humanidade. Sua palavra de elevação transcendente e sua postura amorosa de acolhimento incondicional, profundamente ética e completamente ausente de julgamento moral, continuam a desafiar o entendimento do homem moderno que alterna entre a indiferença e o escárnio, ambos reflexos da ignorância.

Na incapacidade momentânea de o sentir e o seguir, posto que isto exige renúncia aos interesses pessoais e devotamento ao servir, aqueles que permanecem mergulhados nos conflitos e nas sombras de si mesmos preferem rebaixá-lo ao seu próprio nível ao invés de se disciplinar e lutar para vencer as próprias deficiências e limitações, no caminho da renovação e do crescimento espiritual.

É que compreender Jesus é patrimônio daqueles que passaram pelo fogo das provas e das lutas de sobrevivência,

de resiliência e de autossuperação, sendo acolhidos no amor, desenvolvendo humildade e entrega através da fé. Por isso sua mensagem se destinou e se destina aos corações dos aflitos e sobrecarregados, como um sopro de força e de esperança.

Natal não é um momento no ano. É um estado da alma, quando esta se abre para o desabrochar das sementes das virtudes personificadas na figura excelsa do Cristo Jesus. É o aceite ao convite do “vinde a mim”, quando o coração se cansa de tentar controlar a vida e percebe a inutilidade das tentativas de autossuficiência desconectadas da fonte suprema de sabedoria e de todo bem, assim como as consequências dolorosas da rebeldia perante a lei divina.

Jesus está e sempre estará distante dos discursos vazios e inflamados de religiosidade que não se acompanham de ações beneméritas e transformadoras que acolham a dor humana, promovendo a dignidade de toda criatura, bem como alheio às expressões de ignorância, reflexos da infância espiritual daqueles que ainda buscam se encontrar.

Sua presença é silenciosa e branda, porque isenta das necessidades do ego, aconchegando em seu amor os necessitados de toda sorte, com compaixão e misericórdia, pois os vê a todos como dignos filhos de Deus, em processo de amadurecimento e despertamento espiritual.

Bem aventurados aqueles que o deixam nascer na manjedoura de seus corações, cultivando a bondade, a fé, o amor e a esperança, extendendo as mãos para o serviço de solidariedade e fraternidade cristão, vendo a cada irmão como extensão de si mesmos. Para estes, o natal é permanente na alma e Jesus permanece como a sublime força divina sustentadora e renovadora no caminho da descoberta e do encontro com a grandeza de ser filho de Deus, em família universal.

Dias da Cruz

(psicografado por Andrei Moreira, em 19/12/19)

Gary Burton
Enviado por Gary Burton em 20/12/2019
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