ARTIGO - Pra onde nós estamos indo?! - 06.12.2019 (PRL)
 

ARTIGO - Pra onde nós estamos indo!!! – 06.12.2019 (PRL)
 
 
Não é necessário saber “economia” para constatar o desmando que está havendo na formação dos preços dos produtos disponibilizados aos consumidores no nosso país.

Claro que a lei da oferta e da procura é milenar e não pode ser derrubada por decretos. Compete ao povo decidir sobre se compra ou não qualquer produto que julgue esteja extrapolando o limite de preço razoável no mercado.

Os órgãos de fiscalização, ao que parece, fazem vistas grossas e nada veem, salvo em casos esporádicos e por denúncias aqui e acolá.

Alguns produtos agropecuários têm subido de preço assustadoramente. A carne, por exemplo, ficou ainda mais difícil de o pobre consumir; a batata-doce, o cará, inhame e outros tubérculos também prosperaram em termos de aumento de preços nos supermercados, havendo casos de trezentos por cento. A banana comprida, essa que consumimos após cozida, recomendada nas dietas, disparou consideravelmente. Para se ter uma ideia, hoje compramos quatro unidades por nada mais nada menos do que R$ 13,00. Com quase certeza o produtor não as vendeu por mais de quarenta centavos.

O pão integral também disparou; o queijo para regime duplicou de preço, isso em pouco mais de quatro meses. E pensar que esses setores recebem subsídios permanentes do governo federal, ora em redução de juros, ou mesmo de isenção de impostos, e muitas vezes com prorrogação de seus débitos em bancos oficiais, sem perder de vista que existe o seguro agrícola, conhecido como PROAGRO, que indeniza os produtores na hipótese de frustração de safras. Há notícias de que alguns intligentes dão destino às colheitas e ainda recebem as polpudas indenizações dessa garantia, ludibriando a boa-fé dos nossos governantes.

Alguns poderiam dizer que importamos trigo da América do Sul, do Canadá e Estados Unidos, mas o nosso país, notadamente nas terras agrícolas do Rio Grande do Sul, a cultura desse grão tem desenvolvimento mais do que satisfatório, e não somos autossuficientes porque não queremos, certamente. Veja-se na extração de petróleo, quando já atingimos produção acima das nossas necessidades de consumo, sendo o excedente exportado, enquanto o povo brasileiro paga os derivados do hidrocarboneto (gasolina, para citar apenas um produto) a preço de dólar, numa política altamente contrária aos interesses do nosso povo, que recebe seu salário em reais e não pode comprar nessa moeda forte.

Sabe-se que os custos de produção da PETROBRAS são elevados, notadamente com a folha de pagamento de pessoal, todavia também estamos pagando pelos desmandos que implantaram nessa petrolífera, de que todos já conhecem, e esses gastos e desvios entram na formação dos preços/custos da empresa. O mais razoável seria encontrar um preço médio para não se punir os nossos consumidores, que se sacrificam na hora de produzir, todavia não se beneficiam nas horas da colheita. Ainda tem de ser considerado que a nossa gasolina é batizada com cerca de 20% de álcool, oriundo da cana-de-açúcar.

A conta de energia sobe sempre; a de água também, ora por conta das estiagens ora por chuvas em excesso, mas os salários são cada vez mais achatados, e as autoridades ficam fazendo charminho para dar um aumento tão insignificante ao mínimo, esse que remunera mais da metade da força de trabalho do país, bem assim das aposentadorias.

Entretanto, estranha-se o índice de inflação que vem sendo publicado pelos órgãos oficiais ou não, não merecendo, a nosso juízo, qualquer grau de confiabilidade, pois com certeza estão incluindo apenas gêneros consumidos pelas classes menos favorecidas, essas que no final paga as contas e que elegem os salvadores da pátria e os novos cristos de pau oco que vão aparecendo no meio do caminho.

E não falamos aqui em medicamentos, consultas médicas, transportes, etc., mas a verdade é que o remédio mais pertinente e viável para os desafortunados seria receber de Deus o passaporte para uma despedida tranquila, a fim de se livrar dessas mazelas impostas pelos próprios semelhantes.

O comércio brasileiro vem tendo um movimento mais do que razoável, mas isso em face da liberação, desde o Michel Temer, de FGTS/Poupança, em que o governo parece ser bonzinho, mas na realidade está se livrando de fazer as correções monetárias de diversos planos econômicos  dos tempos do Bresser, Verão e Collor, desde a era do Sarney.

O doutor Guedes não foi eleito pelo povo e, portanto, não deve satisfações a quem elegeu o novo Presidente da República.

Meu abraço.
Ansilgus.

Foto: GOOGLE

12/12/2019 12:05 - Antonio de Albuquerque assim comentou:
 
Bem oportuno seu artigo, servindo também como alerta para todos os consumidores. Ainda acho que estamos num bom caminho em busca do equilíbrio, Nós não tínhamos outra saída, mudar ou ficar envolvido com uma situação de criminosos na direção da Nação. Compreendo a aflição de muitos, mas podemos esperar um pouco. Tudo isso é tal qual a fervura de uma panela. A fervura vem esmaecendo dando lugar a placidez. Fraterno abraço nobre poeta e amigo, Ansilgus.

Muito grato...ansilgus.
ansilgus
Enviado por ansilgus em 06/12/2019
Reeditado em 12/12/2019
Código do texto: T6812160
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