UM SONHO TENEBROSO
Prólogo
“O amor não teme coisa ruim nem tampouco o tempo, despreza pesadelos muito embora seu alfanje afiado, na mão da sorrateira morte, não poupe a mocidade.".
"O amor não se transmuda a cada segundo, antes se afirma para a eternidade. E envolto em luz, fé, determinação e confiança o amor enfrenta sobranceiro a tempestade.”. – Wilson Muniz Pereira.
UM PESADELO COMO UM AVISO TENEBROSO
Ontem não tive uma noite de sono tranquila. Normalmente meus sonhos são coloridos e entre árvores frondosas, com a presença de animais brincalhões, eu flano leve e feliz a noite inteira.
A ocasião foi diferente. No dantesco e tenebroso sonho, no local onde eu me encontrava, não havia luz suficiente para eu distinguir formas harmoniosas, se existissem, de massas disformes arquejantes e lamurientas.
Depois de muito rastejar em busca um uma luz tênue para eu enxergar ao menos o líquido pastoso e fétido em minha volta, senti uma presença ruim e malcheirosa que, ao meu ouvido, disse sussurrando com hálito quente e podre:
"Você não resistirá! Você é um fraco sem determinação! Você não tem amor-próprio! Você é incapaz de resistir às tentações mundanas e vai sucumbir ante a tempestade que se aproxima!".
CONCLUSÃO
Com os latidos fortes de meu velho e fiel amigo Hulk, o qual parecia haver percebido meus gemidos como um pedido de socorro, acordei encharcado de suor. Não precisei acender a luz. Alegre, eu me via envolto em uma luz azulada mesmo me encontrando em total escuridão.
Em júbilo, incontido, olhei-me num espelho próximo e disse para mim mesmo:
"Sou a própria tempestade! Serei silêncio para quem me julga e amor para quem me mereça... Sou indiferença para quem não seja digno da minha resposta e até presença! Nada e tampouco a ninguém devo temer! Sou determinado! Tenho luz própria e benquerer por mim mesmo e a quem me aceita como sou!".