DIVAGAR E SONHAR É PRECISO...

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sábado, 9 de novembro de 2019

Dizem alguns, que se consideram espiritualistas, que tivemos e teremos outras vidas. Nem acredito nisso por razões múltiplas. Mas sou adepto de uma frase muito famosa, que todos conhecem, que diz: "Há mais mistérios entre o Céu e a Terra, do que imagina a nossa vã filosofia" - Shakespeare. Mas sem alguma conotação que pensa para o dito religioso.

Sendo assim não cairei na asneira de me confrontar com aquela ou outra história, respeitando a tudo e a todos nesse sentido. Mas vez ou outra, imagino-me em outros lugares e situações, como se já vivesse ali ou nelas. E nem é uma questão do que chamam "Déjà vú".

Também não chego a ter um perfil andarilho, mas conheço muitos lugares, cidades e estados desse nosso país. Sempre gostei de conhecer outras regiões, diferentes da minha. E no Rio de Janeiro, minha terra natal, por exemplo, conheço quase que a totalidade de suas cidades. Isto me foi, e ainda é, proporcionado pela propriedade de uma motocicleta que tenho.

Já fui muitas vezes a Sergipe e Paraná. Algumas a Minas Gerais. Duas vezes a Florianópolis. E também já fui, uma única vez, ao Mato Grosso do Sul e ao Ceará e Alagoas. Daí que posso até considerar-me satisfeito com tudo isso. Mas gostaria muito de conhecer Amazonas e Pará. O bom seria se conhecesse todo o nosso país, o Brasil.

Então, desses lugares todos que fui e conheci, alguns não me saem do pensamento. E mesmo distante deles continuo sentindo uma sensação de que ainda perambulo por lá, vivendo e vivenciando as mesmas sensações de antes, bem como o convívio com as gentes desses locais.

É interessante registrar que mentalmente fico vendo as pessoas se locomoverem neles. Também comparando-os com o lugar onde vivo, a cidade do Rio de Janeiro. E uma impressão que possuo é determinada e definitiva: trocaria de região sem problema algum e até de imediato, sem sentir alguma ou nenhuma diferença entre os respectivos meios.

Mas isso até é de relativa explicação. Apesar de ter nascido e vivido num grande centro, a minha natureza é interiorana. E até a minha preferência também. Contudo, por razões diversas e variáveis, alguns fatores não me permitiram buscar atendê-la plenamente. E é assim que chego até a violentá-la, permanecendo onde estou até hoje, já um quase septuagenário.

Pelo menos ainda posso sentir-me satisfeito e feliz por ter andado em muitos dos lugares que sempre quis estar. E ter passado bons momentos neles. Isso, com certeza, diminui a pressão que me atinge. E assim vou vivendo...