Republicado. Relacionamento segundo OSHO
Relacionamentos segundo OSHO
"O relacionamento é um mistério. E, por existir entre duas pessoas, depende de ambas. Sempre que duas pessoas se encontram, um novo mundo é criado. Justamente pelo encontro, um novo fenômeno vem à existência – o qual não existia antes, o qual nunca existiu. E através desse novo fenômeno, duas pessoas são mudadas e transformadas. Não-relacionado, você é de um jeito; ao se relacionar, imediatamente fica diferente. Uma coisa nova aconteceu. O relacionamento é criado por você, mas, por sua vez, ele também o cria. Duas pessoas encontram-se, isto significa que dois mundos se encontraram. Não é algo simples – é muito complexo, é o que há de mais complexo. Cada pessoa é um mundo em si mesma – um complexo mistério com um longo passado e um futuro eterno. No começo, apenas as periferias se encontram. Mas, se o relacionamento cresce intimamente, se fica mais próximo, mais profundo, então, pouco a pouco, os centros se encontram.
Quando os centros se encontram, isto é chamado de amor. Quando apenas as periferias se encontram, há uma familiaridade. Você toca a pessoa pelo lado de fora, só o contorno, então, fica familiarizado. Muitas vezes, você começa a chamar essa familiaridade de amor. Então, entra numa ilusão. Familiaridade não é amor. O amor é muito raro. Encontrar uma pessoa em seu centro é passar por uma revolução em si mesmo, porque se você quiser encontrar o centro do outro, terá de permitir que o outro também chegue ao seu centro. Terá de tornar-se vulnerável, absolutamente vulnerável, aberto. É arriscado. Permitir que alguém chegue ao seu centro é arriscado, perigoso, porque nunca se sabe o que essa pessoa fará. E quando todos os seus segredos forem conhecidos, quando o que está oculto se tornar visível, quando você tiver se exposto completamente, o que essa outra pessoa fará, nunca se sabe.
O medo surge. Eis porque nunca nos abrimos. Basta uma familiaridade, e pensamos que o amor aconteceu. As periferias encontram-se, e pensamos que nós é que nos encontramos. Você não é a sua periferia. Na verdade, a periferia é o limite onde você termina, apenas a cerca ao seu redor. Não é você! Até mesmo os maridos e esposas que viveram juntos por muitos anos, podem ser apenas familiares.
É possível que não tenham conhecido um ao outro. E quanto mais você vive com alguém mais se esquece de que os centros continuam desconhecidos. Portanto, a primeira coisa a ser compreendida é: Não tome a familiaridade por amor. Você pode fazer amor, pode se relacionar sexualmente, mas o sexo também é periférico. A menos que os centros se encontrem, o sexo é apenas um encontro entre dois corpos".
“Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento: amor é relacionar-se - é sempre um rio fluindo, interminável.”
Raio Eterno