VOCÊ (NÓS) NÃO É "NINGUÉM."

Por algum tempo na vida tive raiva (ou ranço para os mais jovens) de pessoas prepotentes que se achavam melhores que as outras seja principalmente por causa de uma abastada classe econômica social ou por alguma outra tolice do tipo, beleza. Hoje, não sinto mais raiva. Tenho pena (há quem diga que não se deve ter pena de ninguém, mas sei lá). Quando observo pessoas com esta predisposição para a arrogância tenho uma vontade imensa de dizer: *"Ei, seu tolo, ei, sua tola, você não se basta por si só.* Um simples e quase invisível inseto é perfeitamente capaz de lhe ceifar a vida com sua picada. Deixe de tolice e seja mais simples e humilde. Mas não faço isso. A fragilidade humana é algo que ao mesmo tempo que choca tb me fascina. Saber que somos frágeis e semelhantes a uma "névoa" que da mesma maneira que aparece pode facilmente desaparecer, causa admiração e me faz estremecer. Quem não tem esta percepção da vida não passa de um pobre coitado (a) e miserável que acredita nunca irá morrer. Ninguém é absoluto. Somos todos pó que quando daqui partimos o sol continuará brilhando, os pássaros cantando, a chuva caindo e o frio vindo, sem sequer se preocuparem se um dia nós existimos. Encerro este prolixo texto incentivando a todos prepotentes a visitar dois lugares quando perceberem que foram picados pelo "vírus da arrogância: O primeiro é uma UTI. O segundo é um cemitério. Talvez, assim quem sabe, perceberá que não é a última bolacha do pacote existencial do universo._

Danilo D
Enviado por Danilo D em 22/09/2019
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