A VIDA DE, UM LADO E MODO, DE OUTRO.
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Terça-feira, 17 de Setembro de 2019
Já em casa, no Rio de Janeiro, após passar alguns dias na cidade de Lagarto-SE, retorno à antiga rotina de sempre. Ou quase. Mas é até difícil esse processo. Explico: ainda há uma diferença entre essa cidade e um grande centro. Por mais que a modernidade alcance todos os lugares, do país e do mundo, sempre existe algo entre eles. Queiramos ou não.
A velocidade de um grande centro é coisa que ninguém consegue mudar. Viver em Lagarto-SE, por exemplo, ainda é ter a oportunidade de viver bem, sem correria. Parece que o dia é mais longo e se consegue realizar tarefas em maior quantidade, diferentemente de Rio e São Paulo, por exemplo, onde as pessoas acham que o dia é mais curto.
Os interiores do país já mudaram o suficiente para levar até à suas populações o que ocorre e acontece nos grandes centros. Talvez a única diferença que ainda persiste entre tais povos seja o sotaque. Mas, talvez, daqui mais algumas décadas isso acabe também, e sejamos iguais. Cuspidos e escarrados, como diz a sabedoria popular. Infelizmente.
E a mim não passa despercebido uma certa situação que vejo em Lagarto-SE: a cidade já se move com as suas próprias pernas. Sua estrutura já pode garantir a permanência de seu povo, diferentemente de como acontecia em décadas passadas, onde as pessoas dali se bandeavam para o Sudeste/Sul do país em busca de uma vida melhor.
Enfim, os tempos são outros. Mas a população de mais idade encontra barreiras e dificuldades com as novas tecnologias. No entanto, os mais novos já estão devidamente adaptados à tais mudanças. E já não se observa diferença nisso, a não ser no modo de falar, como já dito.
Trejeitos, trajes e costumes já são iguais às regiões mais avançadas do país. É a tal de modernidade, amparada pelo alto desenvolvimento da tecnologia, que vai rompendo barreiras. Isso, de certo modo, é bom e ruim. Mas cada um que escolha o que quer. E viva.