En Garde, Vie!
En garde, vie!
Eu fico muito assustado com tanto desencanto que muitas pessoas demonstram em relação a vida...
Costumo pensar, cá com meus botões nesta minha solidão acompanhada de mim mesmo, aqui no meio do mato, que a vida continua com os mesmos encantos de quando éramos jovens, arrojados e impetuosos, com a cabeça plena de planos e sonhos, que viviamos sorvendo cada dia como se fosse o dia mais importante de nossas existências.
O que realmente mudou foi o olhar que que pomos nela, nessa vida atropelada que vívemos; um olhar temeroso, próprio de quem se arrasta pela vida, de quem pensa que já viveu o suficiente e que NADA mais tem a almejar para si.
Pessoalmente tenho a tendência de não concordar com essa visão fatalista, de abandono do prazer de viver e amar, pois sem esses ingredientes, a vida não passa de um sorvete de isopor servido em taça bem suja.
Enquanto respiramos, temos o dever de enfrentar a vida com a galhardia que ela merece, e lutar por cada momento vivido como se a vida fosse um esgrimista com quem vale a pena terçar armas.