Evangélicos e traficantes? Há algum erro nisso?

A (des) ocupação da imprensa brasileira se reduz a níveis execráveis. Ignoram completamente todos os dados internacionais, tais como o da instituição Portas Abertas, que aponta que a religião cristã é a mais perseguida em todo o mundo, galgando o assustador número de 250 milhões de mortos por ano e outros incontáveis que vivem sob perseguição extrema por declararem-se adeptos dos ensinamentos de Cristo e, ainda, há milhares que vivem em países ditos democráticos, no entanto, sofrem discriminação com respaldo jurídico ou meramente de cunho ideológico por grupos que dizem defender minorias, mas ignoram a lógica, a ciência, para calarem o discurso que contraria suas ações fundamentadas em desejos que se desvirtuam do Evangelho de Cristo e dos valores morais da sociedade ocidental.

Durante o encontro que tratou do avanço da liberdade religiosa, realizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, em Washington, ainda no mês de julho do corrente, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que “Não dá mais para admitir a perseguição e morte de tantos cristãos no mundo”. Após o protesto de Damares, a imprensa brasileira logo tratou de reduzir a importância da denuncia e declarou que ela estava tirando “da cartola a lorota da perseguição a evangélicos”. Para muitos da imprensa essas declarações devem ser tratadas como falsas, pois, corre-se o risco de arruinarem o plano sórdido de muitos interessados na aniquilação desse grupo religioso, o qual mantém firme a base de conceitos e valores que garantem a sustentação de nossa cultura.

Recentemente, essa imprensa tendenciosa e arbitrária deu continuidade ao que fazem com presteza: manipular dados e perseguir cristãos. Matérias publicadas em diversos sites de grande circulação no país associaram traficantes a evangélicos. O grupo intitulado de ‘Bonde de Jesus’, seria formado por convertidos, liderados por um pastor, e por tal razão, perseguiam adeptos de religiões de matriz africana, e praticavam violência contra espaços e objetos de cultos, além de impedir que pessoas circulassem dentro de certas comunidades no Rio de Janeiro expondo sua crença. Desde o título e por toda a matéria fica nítida a tentativa de atacar não os traficantes por seus atos criminosos, tão pouco o ato abominável praticado, mas os religiosos cristãos.

Seria indispensável, pois a prática comprova, dizer que cristãos evangélicos são contrários ao uso de drogas, que militam arduamente no Congresso Nacional para impedir que o uso recreativo de entorpecentes seja liberado pela legislação brasileira. Também é de iniciativa de cristãos evangélicos a maioria das casas de reabilitação para dependentes químicos espalhadas por todo o país, e não pouco os números de voluntários que auxiliam esses viciados que desejam abandonar o vício. Também será redundante afirmar que cristãos não compactuam com o crime, com o tráfico, com a violência e a intolerância religiosa. Se alguém se declara cristão, mas não segue os mandamentos de Cristo, ele é um mentiroso e a Verdade de Deus não habita nele. Deus é luz e não há trevas nEle.

Os seguidores de Cristo tornam-se seus imitadores, logo, são preenchidos pelo Espírito Santo que os fazem produzir fruto, entre os quais estão amor, paz, paciência, amabilidade, mansidão e domínio próprio. Dizer que cristãos evangélicos, de qualquer linha teológica, forma quadrilha para, baseado em sua fé, praticarem crimes e, sobretudo, atacar violentamente demais religiões é prova de um discurso falacioso ou mera manipulação de palavras-chaves com finalidades ideológicas, cujo fim é a discriminação e perseguição aos cristãos.