Inovação futurística, será?

Estamos ouvindo e sendo cobrados pela tal inovação, que ninguém sabe ao certo do que se trata, e na maioria das vezes existe associação com aquisição de tecnologias de “ponta”, robôs que automatizem tudo, ou em escalas sociais, precisamos estar nas mídias sociais, caso contrario, ouve -se o questionamento de sua origem planetária de maneira irônica, e não bastasse tem que gerar conteúdo, manter um ritmo de postagem, tem que entender de todas as tecnologias mobile, é o tal “profissional do futuro”, falar 3 idiomas, possuir experiências astronáuticas, multitarefas, formações extraterrestres e disponibilidade intergaláctica, esse cara não existe, ninguém viu, mas já está estereotipado e é ele que as empresas desejam.

Mas o fato é que as empresas vendo tal burburinho por todas as partes, não podem ficar fora, pois isso implica em ficar para trás nesse movimento tão frenético...

Os “lideres” que por sua vez também não estão entendendo muito do que ocorre, mas que gostam bastante de estarem antenados e por dentro principalmente das palavras da moda, argumentam veementemente e muito calorosamente em convenções e eventos, e-mails, conferencias para seus subordinados repassando como "papagaio de pirata" a mensagem impactante, de que todos precisam inovar, mas a grande verdade, dificilmente eles sabem sabem o que querem, não ou que esperam de tal inovação ou por vezes cortam as asas daqueles que pensam em fazer algo diferenciado e “inovador”, ou seja é paradoxal, em algumas empresas os indivíduos são avaliados em sua gestão de desempenho,no quesito inovação, mas como pode-se cobrar uma competência que nem os próprios gestores ou cúpula líder possuem ou entendem? a inovação segundo a ótica de um gestor que por vezes fica subjetiva e até injusta, consequentemente vai avaliar conforme a "foto" do crachá e a conveniência que lhe couber, e assim seguem repetindo o termo inovação para sair na frente, e blá blá blá...e todos aclamando, sem entender nada.

Mas afinal, onde estão as nossas empresas na linha do tempo? Se analisarmos a qualidade dos atendimentos e serviços prestados a percepção do cliente, será que estamos mesmo inovando, quando compramos máquinas caras e maravilhosas em tecnologia? Quando temos um sistema de inteligência artificial, que só apresenta perguntas e respostas frequentes, isso faz sentido?

Tenho um breve relato para compartilhar que ilustra bem o assunto, estava eu tentando cancelar um serviço de fidelidade de companhia área, esses programas de milhagem terceirizados, tentando todas as formas de atendimento que eles divulgaram, dois números de telefone e um robô no site, ambos não levando a lugar nenhum, o robô mais parecido com aquelas paginas de dúvidas frequentes, e os telefones não completam ligação, parti para um segundo plano, acionei meu banco para que intermediassem o cancelamento...Pasmem...São dez dias para enviarem um formulário para preenchimento com os motivos da solicitação, e então “tentam” uma mediação, isso é absurdo e inoportuno, meu tempo está sendo jogado no lixo e meu dinheiro junto; ainda sobre a empresa de milhagem, tentei as redes sociais, ali outro chat robótico, porém com aviso que em algum momento algum ser humano daria retorno, após algumas horas, me responderam , perguntando se eu realmente queria cancelar, pois perderia os benefícios, pensei comigo, é sério isso? Resumo da história, depois de quase 5 horas acionando páginas, registrando reclamação, ligando inutilmente, disseram que o cancelamento foi solicitado, agora aguardar mês seguinte para confirmar tal ação, ou posteriormente acionar órgãos de defesa do consumidor.

Com esse relato deixo a questão, de que adianta tecnologia se a mesma não esta sendo destinada a favorecer o consumidor, o cliente?

A realidade é que temos empresas atuando em uma realidade retrógrada, onde o foco ainda está em produzir e empurrar “goela” abaixo de seus clientes, enganando, oferecendo serviços e produtos, como se não houvessem concorrentes e tratando seus consumidores como completos ignorantes, mas claro sempre “inovando”, afinal a aplicação de tecnologias de ponta está a todo vapor, uma pena que sem foco claro, e sem que tenham aprendido a lição mais básica, que ainda se produz para vender para seres humanos.

Ao falir muitas empresas a culpa é sempre externa, basta avaliar mais a fundo, que o foi ingerência do proprietário ou entrega sem foco no ser humano que consome o produto, atendimento ou serviço.

Enquanto não preparamos seres humanos para atender outros seres humanos, com humanidade a decadência será elevada.

E aí, como você tem percebido essa geração inovadora?

Landa Costa
Enviado por Landa Costa em 18/08/2019
Código do texto: T6723378
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