Leão invade o circo de Sérgio Ricardo Piaba
Recebi convite do editor do DiárioPB, meu compadre Sérgio Ricardo, para espalhar os rugidos do leão no seu portal. Chego com ar de quem não quer que ninguém note minha presença, devagarzinho, querendo roubar a atenção dos leitores, mas sem intencionar molestar ninguém, vestido dessa modéstia que não é discrição nem nada, é apenas ansiedade do calouro, ancho com o espaço concedido, mas sem saber até onde posso avançar com minhas papagaiadas e tiradas anarquistas. Para não ferir as tais suscetibilidades, mesmo porque hoje em dia a patifaria anda solta, a partir do Planalto Central do Brasil. Não quero contribuir com a falta de educação geral e quase irrestrita que virou moda nesse patropi. Vamos com calma que o santo é de lodo.
Sou um sujeito ponderado, mas não sou crismado nem batizado. Uns dizem que sou doido, o que me bota na fila dos inimputáveis, incapazes de discernir seus atos, igual a um certo regente tantã que anda fazendo sucesso negativo nas paradas nacionais. Outro dia meu compadre e antagonista Maciel Caju me classificou como “poeta menor”. Em sendo menor, sou legalmente irresponsável, o que me deixa com razoável margem de erro. Desculpem antecipadamente minhas escorregadelas e algum desregramento próprio de um sujeito pueril.
Feito o introito, saúdo o muito digno leitor e a generosa leitora que casualmente acessarem esta coluna no DiarioPB. Dizendo ainda que também estou danado com as cretinices descomedidas dos nossos “representantes”. Mas, e sempre tem um porém, como diria Plínio Marcos, prometo não vestir a camisa de paladino da justiça ou de protetor dos fracos, porque fingimento e imposturice é papel dos depufedes e dos atores medíocres. Não assino embaixo por puro retraimento, mas boto minhas digitais analfabéticas abaixo do discurso daquele sujeito, tribuno de rua mencionado pelo colossal humorista Stanislaw Ponte Preta: “Quem fala em nome do povo é safado. Todo cretino que levantar a voz, seja onde for, dizendo-se representante do povo, emissário do povo, ou povo propriamente dito, é um cretino!”