É IMPORTANTE (NÃO) SER IMPORTANTE?
Terça-feira, 16 de julho de 2019
Às vezes nos deparamos com certas situações nessa vida que requer de nós muita coisa. Uma delas é a paciência. A outra é a espirituosidade. Porque há momentos para se sentir raiva e outras para se morrer de rir. Sempre que for necessário e possível, optarei pela segunda.
Recentemente, conversando com um interlocutor, daqueles que gostam mesmo de conversar, este repentinamente perguntou-me qual era a minha formação. Eu o olhei um tanto quanto espantado pelo inusitado do fato. E nem perguntei-lhe porque desejava saber isso. Mas repentinamente veio-me à mente o exercício colocado no primeiro parágrafo. Acabei por rir.
Mas não me fiz de rogado. Respondi-lhe de imediato, dizendo: sou um ser humano bem formado e completo, possuo todos os órgãos e os membros. Tudo e todos em seus devidos lugares. E percebi o seu espanto na resposta que recebeu.
Algum tempo atrás, costumava conversar com um outro, quase que diariamente, ele já era de idade bem avançada, já entrada na faixa octogenária, que não deixava passar em branco quando falava ou citava sobre alguém, seu conhecido, numa conversa informal como a nossa. Sempre tinha que adjetivar aquela pessoa. Não bastava dizer só seu nome, tinha que dizer quem era, o que fazia e até se era importante ou não na vida.
A mensagem ou a sensação que queria passar com aquele com quem conversava, era de que só tinha relacionamento com pessoas das ditas importantes. Mas na realidade nada daquilo o era, porque nem sempre uma pessoa é o que diz ser para a outra. E em muitos dos casos acaba por aumentar sua importância e/ou qualidade. Mesmo não as possuindo em tamanho e valor exato ao que exprime.
Infelizmente isso é muito comum e corriqueiro acontecer entre nós.