"INTÉ!"

04.06.2019

Uma das coisas mais interessantes e surpreendentes nesses dias atuais é a facilidade que algumas (ou muitas) pessoas ganham dinheiro. E não é pouca coisa, não. Até umas três ou mais décadas atrás, era raro ouvir-se falar em milhões de dinheiros.

Foram os antigos cruzados e cruzeiros, depois passaram a ser reais, mas o mais assustador: hoje em dia fala-se em milhões de dólares com uma naturalidade incrível. E com performances das mais bizarras, são as mais fáceis, então.

É claro que possa parecer até leviano se for praticada comparação entre os velhos e os novos tempos. Dirão que tudo ao seu tempo. Até aí, tudo bem. Mas a tecnologia mudou tudo. Até a performance humana, porque nas décadas passadas, cada um de nós tinha que se haver com as suas próprias potencialidades manufatoras, não se possuía ferramental e nem equipamento de última geração como é hoje.

Mas um fator tem que ser destacado, sim. A qualidade profissional das pessoas em tempos passados era muito mais apurada do que é hoje. Existem muitas pessoas nesta vida que nem saberiam começar um certo trabalho ou tarefa, sem contar com uma dessas ferramentas modernas. E o computador é a principal delas.

Mas em certos âmbitos, as coisas desandaram de uma forma excepcional em matéria de pobreza criadora e criativa. No âmbito da cultura, arte, televisão e imprensa, por exemplos, observa-se um grau de inutilidade muito grande. E faz-se sucesso com muita facilidade.

O interessante nesse aspecto é que quase tudo hoje em dia é efêmero. É passageiro. E, principalmente, descartável. Pode-se dizer, inclusive, que é quase tudo fugaz. Não seria nem exagero dizer que é "um piscar de olhos".

E assim tudo vai ficando para atrás, esquecido. O ruim nisso é que até mesmo as pessoas estão incluídas nesse processo veloz. Vão sendo esquecidas pelos parentes, amigos e vizinhos. Até mesmo as celebridades só fazem sucesso por pouco tempo. Logo, logo são escanteadas, dando vez à outras, que passarão por esse mesmo processo.

E para fechar, até o tempo anda passando tão velozmente por todos que as pessoas já acham que as vinte e quatro horas de um dia é pouco tempo para que elas possam fazer e resolver todas as coisas que têm em mente e à disposição num só dia.

Então, deixe eu parar por aqui porque tenho um milhão de outras coisas a fazer, também. E o meu tempo é curto e vale ouro. Inté!