Reajuste no Programa Do Mais Médicos
 
Com a saída dos cubanos do Programa Mais Médicos do país o governo não conseguiu levar ou manter os nossos profissionais de saúde nas pequenas cidades, classificadas como vulneráveis ou de extrema pobreza. Por conta disso há uma população sem o mínimo de atendimento médico nestas localidades, sofrendo, morrendo e abandonadas à própria sorte. Os médicos brasileiros com CRM não têm interesse em se deslocar e residir nesses pequenos e longínquos municípios porque o salário não compensa. Nas capitais e cidades de porte médio eles têm chance de ganhar um valor igual ou superior ao que é pago ao Mais Médicos, em torno de R$ 15 mil por mês. Na reportagem que li, estima-se que estes médicos conseguem ganhar nas capitais, num único plantão de 24 horas, algo em torno, de até R$ 3 mil. Não seria a hora de o governo reavaliar os valores pagos a esses profissionais, dobrando os valores pagos até então, claro que com todos os requisitos mínimos e necessários, para que eles possam, pelo menos, efetuar um atendimento razoável àquela população tão sofrida e abandonada? Afinal, muitos politicozinhos de araque, não digo todos, entre senadores, deputados e vereadores, ganham muito mais do que isso, para não fazerem nada que preste durante seus mandatos eletivos. Sabemos todos que a saúde, desde sempre, foi e é um caos, por conta, também, dos desvios e roubalheira generalizada que veio a tona recentemente. Mas nas grandes cidades as pessoas conseguem botar a boca no trombone e a mídia sempre atenta, divulga com ênfase o estado de calamidade pública que estamos vivendo e, algumas pessoas ainda conseguem se salvar. Agora, e lá, naquelas cidades longínquas, só se apegando com todos os santos e pedindo a Deus para ajudar. E, só para vocês terem uma ideia dos gastos absurdos que correm solto na área política; quando eu estava concluindo este artigo, li que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está disposto a desembolsar, mesmo nesta crise braba que estamos vivendo, algo em torno de R$ 6 milhões para bancar viagens de seus colegas e servidores por um ano. Quantas vidas poderiam ser salvas com este dinheiro?