Armas de Fogo
Depois de liberar o fuzil, governo volta atrás e revê decreto das armas. Cito Vinicius de Moraes, “Se foi pra desfazer por que que fez”. Governo perdido, que nem cego em tiroteio? Ou malandramente, editou o decreto para ver se colava. Mesmo proibindo o uso do fuzil, continua liberado o uso de armas de grosso calibre para a população. Considerando que a única razão de ser da existência de uma “arma de fogo” é a de ferir, aleijar ou matar, ela se torna um instrumento perigosíssimo nas mãos de pessoas despreparadas e temperamentais demais. Armas e violência duas faces de uma mesma moeda. Discussões de vizinhos, brigas de trânsito ou no seio familiar, tragédia anunciada. Liberar armas para o cidadão proteger seus bens e suas famílias no meio rural, tudo bem, mas nas grandes cidades é complicado. O governo acaba passando para a gente um atestado de incompetência completa sobre questões de segurança ao flexibilizar para a população o uso indiscriminado de armas, abdicando de uma de suas funções básicas e fundamentais na vida das pessoas, no quesito “Segurança”. A adoção de armas será sempre mais nociva do que benéfica. E como defesa contra a bandidagem armada até os dentes, cabe, ainda, uma última colocação: Só no cinema o mocinho consegue reagir, matar o bandido e ainda ficar com a mocinha no final.