Os meus amores
Este ano lectivo, vou estrear-me a "leccionar" a disciplina ou área - não sei - de Linguagem e Comunicação e também de Língua Cultura e Comunicação. Penso eu que se chama assim. Não asseguro. Certo, certo é que vou "dar" Língua Portuguesa. Eu sou de Germânicas. Mas, diga-se, estou a fazer uma pós-graduação em Língua e Cultura Portuguesa! Sou, portanto, competente para "dar" Português. Estou entusiasmada? Bem, bem... mais ou menos. O bom disto tudo, como dizia ainda hoje a um/o amigo também aqui do RL, através de e-mail, é que vou usar como base de formação os meus amores mais recentes, ou seja, os meus escritores de língua portuguesa preferidos: José Eduardo Agualusa, José Luís Peixoto, Manuel Silva Ramos e, na poesia, Daniel Maia-Pinto Rodrigues. Não resistirei também a aventurar-me com um escritor estrangeiro, Gabriel Garcia Marquez, e um conto dele, traduzido, claro, que se chama "Um senhor muito velho com umas asas muito grandes". João Pereira Coutinho e Alberto Gonçalves, os meus cronistas portugueses favoritos, também me acompanharão. Aliás, João Pereira Coutinho escreve para um jornal brasileiro, "A Folha de S. Paulo", as crónicas que aí escreveu estão reunidas no livro "Avenida Paulista", editado pela editora Quasi. Ele é excelente e imperdível!
Isto foi só um desabafo de alguém que ensina Inglês e Alemão há 23 anos e que está aterrado com a ideia de ensinar a sua própria língua. Se algum colega do Recanto tiver sugestões a fazer-me, eu agradeço.
Com mais tempo, falarei dos autores mencionados. Por agora e para acabar, direi apenas que na obra de todos eles, de uma ou outra forma, com mais ou menos intensidade, perpassa um sentimento inapelável de solidão.