Jo. 16
PALAVRAS DE VIDA
Pastor Serafim Isidoro.
Evangelho conforme João capítulo 16.
A consciência de uma morte própria abala qualquer pessoa humana. Embora o Mestre Jesus soubesse que Ele nascera para morrer, fato que certamente havia já muito tempo Ele conhecera, ficaria agora cônscio de que Sua hora se aproximava. A morte é o último inimigo a ser vencido e aterroriza, traumatiza o ser humano.
Não resta dúvida de que os pormenores horríveis de como essa partida se daria Lhe eram conhecidos pois dissera aos aprendizes – mathetês –discípulos: “O filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão a morte e o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e CRUCIFICADO.” - Mt.20.18-19.
Em um ambiente de horror e expectativa Ele abre uma janela para o futuro glorioso que O espera. Concentra-se na herança que receberão os mathetês, um dos frutos da Sua ressurreição. No Evangelho escrito por João, o capítulo quinze refere-se aos frutos exigidos aos Seus seguidores, enquanto o capítulo dezessete é a oração intercessória do Mestre aos referidos aprendizes. Entre esses dois tão importantes capítulos aprouve a Deus fosse colocado o capítulo concernente ao Espírito Santo, uma tão importante mudança de Dispensações que foi veladamente, quase obscura aos profetas da Velha Aliança, assim como aos anjos e principados – “Coisas estas que os anjos anelam perscrutar” – I Pd.1.12.
O que durante séculos fôra um mistério oculto em Deus agora é publicado pelo Autor da vida como sendo o maior feito até então revelado. È o capítulo do grande privilégio. É a partida do Deus que estava conosco – Emanuel – que resultará agora em DEUS EM NÓS. O ser humano passará a ter em si dois espíritos: o seu próprio e o Espírito de Deus: “Se alguém guardar a minha palavra... eu e o Pai viremos para Ele e faremos nele morada” – Jo. 14.23. “Ele habita convosco e ESTARÁ em vós” – Jo.14.17. “Mas se eu for, enviá-lo-ei” – Jo. 16.7.
Uma troca de posição que traria aos aprendizes primeiro tristeza e depois grande alegria. “A mulher quando vai dar à luz sente tristeza, porque sua hora é chegada; mas depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem”.
Em minha experiência passaram- se dezoito anos até que se cumprisse a Promessa do Pai, o que me aconteceu às nove horas da noite do dia quinze de junho de mil e novecentos e setenta e um. Pedro apóstolo revela em um discurso inflamado pelo Espírito Santo que “a Promessa vos diz respeito a vos, aos vossos filhos e a tantos quantos o Senhor nosso Deus chamar.” Aquele que salva é o mesmo que chama, que justifica e santifica, querendo o aperfeiçoamento do santos para o serviço sagrado. –Rm. 8.28-30.
Desde o BOULÊ – grande plano de Deus, o céu passou a ter a ausência de um dos membros da Trindade. O Logos – Jesus - ausentou-se dali durante trinta e três anos. Voltou depois em glória, como cantou Davi no Salmo 24.7. Mas no memorável dia de Pentecoste, o Espírito Santo, Espírito de Vida – Dynamis –Espirito Gerador de Poder, de Autoridade, o Guia, o Consolador deixou o Céu. Jesus dissera: “Mas se eu for, enviar-vô-lo-ei .”
Dois mil e tantos anos se passaram desde que Ele veio. Está entre nós. E está dentro de nós para revolucionar o mundo espiritual e para redimir o nosso corpo no grande momento da PAROUSIA – vinda do Senhor, quando então havendo línguas cessarão; havendo ciência desaparecerá. Terminará nesse evento a Dispensação da Graça que esteve na administração do Santo Espírito de Deus.
Hoje, se ouvirdes a Sua vós, não endureçais o vosso coração.
Só Jesus.
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