"Pessach" !
A Páscoa é uma das festas mais tradicionais do calendário cristão e tem suas origens baseadas tanto na tradição judaica, como em elementos pagãos,que foram apropriados de povos cristianizados, como os germânicos. Essa celebração possui data móvel e o seu sentido cristão relembra a crucificação e ressurreição de Cristo. A palavra Páscoa em português deriva do termo em hebraico “Pessach”.
Na tradição judaica, essa festa em referência à libertação da escravidão no Egito, foi uma ordem direta de Javé a Moisés, que a transmitiu para o povo hebreu conforme o relato bíblico.
O cristianismo, em geral, durante o processo de conversão de povos germânicos pagãos, apropriou-se de inúmeras tradições desses povos. A Páscoa, sobretudo no hemisfério norte, possui algumas associações com tradições pagãs. Alguns historiadores relacionam a Páscoa, com o culto à deusa germânica "Eostern", também chamada de "Ostara." O termo Páscoa em inglês e alemão, inclusive, muito provavelmente tem sua origem baseada nessa deusa.
Uma outra deusa chamada Freya (deusa da paz, da alegria e da fertilidade) fundiu-se ao culto da deusa Eostre. A propósito a palavra “sexta-feira” vem da palavra Freya e o símbolo da deusa da fertilidade era o peixe. Sabe por quê? Era o símbolo entre os chineses, assírios, fenícios, babilônicos e outros. Um simples bacalhau anualmente põe 9.000.000 (nove milhões de ovos); um linguado 1.000.000; cavalinha 500.000. .
As festas que aconteciam entre povos germânicos e celtas para essa deusa eram realizadas na mesma época da festa cristã. Com a cristianização desses povos, a tradicional festa pagã misturou-se com a comemoração cristã.
Páscoa é estar pronto para o outro, para aquele que precisa de mim, não só com palavras, mas com gestos, gestos estes, de ajuda ao mais necessitados (espiritual ou material). Ajudar para que estas pessoas possam viver mais felizes, é mostrar a bondade de Deus, mostrar que Cristo vive em mim, vive em nós.
Atribui-se também os símbolos da páscoa – o coelho e os ovos – a elementos pagãos. Acredita-se que ovos e coelhos eram vistos por povos na antiguidade como símbolos da fertilidade. Assim, à medida que esses povos foram cristianizados, esses elementos foram sendo absorvidos pela festa cristã. A tradição de enfeitar os ovos e escondê-los teria chegado ao continente americano por meio de imigrantes alemães no século XVIII.
Celebramos mais uma vez a Páscoa, sabedores de que o amor maior demonstrado por Cristo é o grande significado dessa data tão especial. Sem esse sacrifício perfeito, tudo o que hoje vivenciamos; seria incompleto e ausente da excelência que temos na presença do Pai.
A aliança feita por Cristo, por meio de Sua morte e ressurreição, garantiu-nos o acesso livre, à presença de Deus. Garantiu-nos também uma comunhão sem igual com o nosso próximo, algo jamais visto até a entrega de Jesus de Sua vida na cruz do Calvário.
É a aliança que nos faz olhar para dentro de nós mesmos, dando-nos a certeza de que tudo foi pacificado e de que a vida tem um real sentido.
A maravilhosa graça concretizou-se na morte que, contra todas as expectativas, transformou-se em vida. Ele ressuscitou. Há sentido na mensagem da cruz. A fé não é vã. Aleluia!
A Festa da Páscoa surge como a marca ou a lembrança do fim da opressão escravizadora do Faraó, sobre o povo hebreu. Mas então surge a primeira pergunta: se esta festa era a festa da libertação, porque então ela foi celebrada antes da libertação propriamente dita?
Porque Deus quis ensinar que o sacrifício expiatório, a fé e a obediência precedem a plena libertação. O Sacrifício do cordeiro sem mácula era a tipologia de Jesus Cristo, que era contemplado pela fé e que traria plena liberdade (João 8:32).
"Irradiemos ao nosso redor a esperança e a certeza da presença de Cristo Ressuscitado. Que se encha nosso olhar de luz, como os das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus ressuscitado (Mt 28)."
Feliz Páscoa a todos.