Cães e gatos

Desde criança eu sempre gostei de bicho. Sob os protestos de minha mãe, criei gatos e cachorros em apartamento. Pela dedicação e confiabilidade, eu prefiro os cachorros. O gato é terno, bonitinho e simpático, mas se for contrariado, mete a unha, até no dono. Depois de casado, tivemos muitos cachorros e poucos gatos, um periquito e um rato branco. Estes dois últimos, por insistência dos filhos.

Há uns quatro anos publiquei aqui, uma crônica sobre meus cachorros, e depois sobre os gatos, chamada de “Gatolices”. Tive um cachorro inesquecível. O Simba, um Alaskan Malamute, todo branco, grande, parecia um urso. Cão amigo e fiel, que detestava gatos, a ponto de devorá-los, deixando só a cabeça dos bichanos. Morreu de velho.

Nunca tive sorte com Pastor Alemão. Perdi três. Dois para ladrões e um para a cinomose. Quando os filhos ficaram maiores, começou o tempo do Pinscher “miniatura”.

Era uma função, ver os bichinhos latindo e brincando. Depois, tive o Maguila. louco de vira-lata, mas igualmente simpático e amigo. Adorava dormir na cama de um, debaixo das cobertas. Pela aproximação das crianças, tomava banho diário, vacinas regulamentares e dentes devidamente escovados.

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Nesse tempo, parentes e amigos, ao vivo e em off, me criticavam, por ser cachorreiro, e sempre ter cuscos e gatos em casa, dormindo nas camas, atirados nas poltronas, fazendo artes como criança. Hoje, no edifício em que moro, proíbem animais. Pelo menos os irracionais. No entanto, como já tem gente “furando” a proibição, eu pensando em comprar um Pitt-Bull, para assustar o síndico.

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Penso que a parte séria da crônica vem agora. Ultimamente, ganha vulto o pensamento de psiquiatras, psicólogos, terapeutas e gente do ramo do comportamento, a teoria de que um “animal de estimação” ajuda na formação psicossocial das crianças, assim como consegue compor a deficiência de companhia, ou a solidão, de idosos. Há dias li em uma revista, que crianças criadas com bichinhos (cães, gatos, periquitos, ratinhos), têm melhor facilidade de adaptação no meio social e convivência na fase da adolescência.

Antônio Mesquita Galvão
Enviado por Antônio Mesquita Galvão em 01/11/2005
Código do texto: T66247