Porque criminalizar

- homofobia

- transfobia

- violência em decorrência de condição sexual ou diversidade de gênero em decorrência de vestimenta cruzada.

Não é, diferente do pensamento à direita ou elitista, ou, ainda, ‘heterotista’, porque uma vida vale mais do que a outra dada a sua condição sexual.

Não é porque a diversidade busca a visibilidade.

Mais visibilidade em tempos hodiernos não se faz precisa.

Ela já é.

Diverso.

A busca é por respeitabilidade, uma vez que falar de compreensão, aceitação, muito seria pedir ao incapaz próximo, este que ama o semelhante até a página dois, enquanto este último é especificamente espelho.

Se houver um trinco...

Mas... a busca é por respeitabilidade...

Vez que o desencontro com a graciosidade, pleiteia o amparo jurisdicional.

Se o legislador se omite, cabe ao julgador agir.

Agir para amparar direitos não é ser ativista, levantar bandeira, defender a “causa”. Não se espera que um magistrado saia em passeata, use adereços coloridos, empunhe bandeiras.

Dele se busca apenas o uso do saber jurídico e que empunhe a caneta para tão somente definir a equação, o ausente equilíbrio.

Afinal, enquanto ninguém assentar o primeiro tijolo, não haverá construção.

É preciso construir...

Construir uma sociedade mais equilibrada e menos equidistante.

É preciso tratar desigualmente os desiguais para, quem sabe assim, dia algum, todos sejam iguais.

Iguais em respeito, iguais em condições, iguais em direitos.

E diferentes.

Diferentes só no ‘que’ e no “quantum” necessários à manutenção da individualidade que os definem e à privacidade que os protegem.

Amparados todos por um sistema igualitário e equilibrador que jamais permita a sobrepujança individual em detrimento do coletivo.

Mas que mantenha ao indivíduo o direito de ser, simplesmente ser.

São Paulo, 17 de fevereiro de 2019.

Fernanda Fernandes_
Enviado por Fernanda Fernandes_ em 16/02/2019
Código do texto: T6576432
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