O HOMEM DA FLUTA

Durante a minha ida ao norte onde fui passar o Songkrang, ano novo tailândes, como habitualmente fico na casa da mãe de minha companheira na aldeia de Ban Mea Long, uma pequena povoação situada a cerca de 18 quilómetros da cidade de Lampang.

Desta vez, no ano de 2006, tivémos mais tempo para poder-mos visitar mais mosteiros budista, nesta altura do ano a abarrotar de fiéis, mas um local que sempre visito é o muito concorrido mercado Kad Tung Kwiang, que se situa à berma da auto-estrada que liga a cidade de Lampang à capital do norte Chiang Mai.

Muitas foram as vezes que me desloquei até lá, embora fique ainda bem distante da aldeia, mas vale sempre a pena lá ir-mos, pois lá podemos encontrar uma vasta gama de produtos regionais e autênticos.

Este mercado e imensamente frequentado por turístas e pelo naturais, que nesta quadra do ano passam igualmente o ano novo em suas terras natais e no regresso aproveitam para ali irem fazerem compras, e é ver as suas viaturas bem carregadas com produtos lá adquiridos.

O movimento por lá é sempre grande e o vasto parque de estacionamento por vezes se torna pequeno.

Este ano o encontrei mais bem arranjado, mais airoso, com vastos recintos com mesas e cadeiras, até a casa de banho era nova, bem asseada e decorada, ostentantado numa das paredes à entrada a indicação em várias línguas.

Tudo por lá se pode encontrar desde as porcelanas, pois a cidade de Lampang é a cidade da olaria por excelência, mas além da cerâmica havia as roupas tipicas do norte, ricas madeiras trabalhadas, pele de porco, chouriços picantes e uma vasta gama de produtos da terra.

Podem ficar com uma pequena ideia dos produtos que por lá havia à venda.

As chouriças bem apaladas cujo seu aroma enchia o ar, os alhos preservados que além das suas qualidades já conhecidas é também um forte afródosiaco, as peles de porco que fazem a delicia daqueles que apreciam um bom petisco até às inúmeras variedade de frutas e flores.

No vasto recinto havia igualmente dois modernos cafés onde a nossa bica era muita solicitada e havia um pequeno promenor, depois de se tomar o café a chávena era oferecida ao consumidor, giro este acto.

Frascos com medicamentos naturais ao quais depois se junta uma bebida ao gosto e que é outra das especialidades da terra mais daqueles que são amigos do Baco.

Percorrendo as vastas ruelas do mercado chegou até aos meus ouvidos uma música melodiosa e procurei saber de ela provinha.

Não foi dificil encontrar o artista que a tocava, ali fiquei sentado ouvindo tão belas melodias enquanto a minha companheira e filhas fazia algumas compras.

As músicas eram chinesas, minhas conhecidas algumas e principalmente uma que eu ouvi há muitos anos e que sempre foi de minha preferência. E o artista olhava para mim e delicamente ia tocando a sua flauta.

A ele me dirigi e com ele conversei, pensando que fosse de origem chinesa, devido às músicas que tocava, mas era um tailândes original, natural de uma aldeia próxima e que se dedicava ao fabrico das ditas flautas e que era um excelente artista.

Na mesa junto dela a sua esposa vendia flautas, cd e vcd com suas músicas, comprei dois Cds que o senhor teve a amabilidade de autografar.

ALENTEJANO ORIENTAL
Enviado por ALENTEJANO ORIENTAL em 18/09/2007
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