Na varanda do Zaqueu

Na varanda do Zaqueu vejo um Zoro diferente...

Tem de tudo ..

O Zoro modernizou...

Uma mini Avenida Paulista no sentido das surpresas.

Doido ver isto...!!!

Na varanda que cresci, cresceram gerações.

Na varanda que escrevi meu primeiro poema,

Aqui as palavras saem saudosas como as lembranças de ver a Tia Tê indo ao Jaime comprar cigarro, da Deca atravessando a avenida cada dia estrelando uma roupa de personalidade e da Manzuca dando um sorrisão passando no passeio da Ângela.

Ah Ângela, que saudades!!!!

Ah Zi! Que saudades!!!!!

Falta o som das máquinas de escrever da Zi.

Falta o sorriso largo da Dona Olímpia, falta o Jaiminho gritando da esquina: Oh Zaqueuzinho , quando vamos para Mogi?..

Falta gente.

Vai faltar muita gente nestes versos, pois muitos que passaram aqui fazem falta.

Desta varanda as imagens viram desafios poéticos.

A Inspiração parece implorar por mais lembranças.

A infância vem com alegria e o presente mais saboroso.

Daqui lembro do que fui, do que sou e do que " nem quero saber do que serei".

A varanda do Zaqueu é onde a Mãe Inspiração me abraça mais forte.

Kedi Grauco?

Puts, Dona Lucinda está me chamando.