TRATAMENTO ESPIRITUAL E ABUSO SEXUAL
Desde já gostaria de esclarecer aos leitores que porventura vierem a analisar este texto, que a principal referência para este artigo é a minha própria experiência como palestrante, expositor e trabalhador da seara espírita há mais de 20 anos. Portanto, creio que falo com algum conhecimento do assunto.
Muitas pessoas, de maneira equivocada, acham que os médiuns possuem algum tipo de poder sobrenatural. Não possuem.
Um médium nada mais é do que um agente, mais ou menos limitado, que serve de canal para que um espírito desencarnado possa se comunicar com os encarnados por meio de aptidões como a psicografia (escrita mediúnica), psicofonia (fala mediúnica) e muitas outras.
No caso dos chamados tratamentos espirituais, que na casa espírita ocorrem normalmente pela aplicação dos chamados “passes magnéticos” e pela água fluidificada, a equipe de trabalhadores desencarnados atua diretamente sobre os médiuns individuais ou nas correntes mediúnicas, aumentando-lhes o potencial fluídico curador. Assim como em tratamentos convencionais, a melhora ou mesmo a cura do paciente dependem de vários fatores que não serão discutidos neste trabalho.
A fim de evitar desconforto ou desconfiança, o Espiritismo recomenda que os assistidos ou pacientes não tenham seus corpos tocados durante a aplicação do passe, pois os fluidos que vão atuar na melhora ou cura dos assistidos, atuam diretamente nos campos do corpo perispiritual do enfermo.
Por este mesmo motivo, mas respeitando quem pensa o contrário, as cirurgias verdadeiramente espirituais não necessitam de cortes físicos no corpo dos pacientes.
Também não é necessário que os trabalhadores da casa espírita estejam todos paramentados de branco para as tarefas espíritas, pois a verdadeira pureza das intenções reside no coração e não na cor da roupa que alguém esteja usando.
Além do tratamento com passes e água fluidificada, os assistidos de uma casa espírita recebem a Evangelhoterapia, um convite à renovação espiritual com base nos ensinamentos do Cristo.
Não caia nessa: muitas vezes, desesperados em busca de uma cura ou melhora para nossos males físicos e mentais, recorremos a qualquer tratamento ou pessoa que nos ofereça alguma esperança.
Sem desejar promover qualquer tipo de julgamento antecipado, nenhum médium (religioso ou não) ou pseudomédium, a pretexto de fazer parte de um tratamento, tem o direito de abusar sexualmente ou ferir o corpo de uma pessoa, seja homem, mulher, criança ou idoso.
Caso infelizmente isso ocorra com você ou com alguém das suas relações pessoais, não hesite em denunciar esse crime.