SETEMBRO SEM COR
(Art/10)
Negro é cor e ou/a cor do vento é a cor de setembro?
Vejo e analiso, hoje, Sete de Setembro de dois mil e dezoito, um dia, apenas azul com toda beleza da natureza que brilha sem nada saber dos humanos, das cidades, das desilusões, do cansaço da espera, do medo que assola minutos, as horas e a vida, da matança quase encarada natural, pela calle, da minha cidade Maravilhosa que respira em déficit de oxigênio e se mantém bela mesmo assim, sem deixar transparecer o tédio, o ódio e a fome, mazelas de cada dia, pela indiferença para com a vida, para com a cultura e ao todo quase, onde as chamas oferecem indagações e respostas ao céu e ao vento afagando paredes pedintes agora, únicas sobreviventes, que ora sem teto a sua condição é conviver com as cinzas da História que aos poucos, vai decaindo ainda mais. Irrecuperáveis são os dias e irrecuperável o lastro, o labor intenso, a dedicação total ao que um dia fora e que fenece agora, no setembro sem cor, num sepulcro sagrado, o conhecimento e as eras.
Hoje, não ouço nem vejo fanfarra. A cidade é quieta e a cavalaria passa como qualquer passante, porque o pensamento está mais além e a vicissitude faz do óbvio a temperança à esperança não morrer. Tempos que calam, tempos que oscilam, deliberadamente, aos olhos do cidadão, que frágil leva a vida sem perspectiva de mudança, para ele. Consenso, quando haverá para estancar essa saga, sangria da indiferença, do descaso geral, do desemprego, dos dias sempre mais decadentes para a população que a mingua, desfalece na fila interminável? - Ainda há, por certo, uma réstia de luz, no vindouro mês de outubro que poderá vir a dar alento aos mortais desolados e famintos, dessa nossa pátria querida, Brasil.
(Art/10)
Negro é cor e ou/a cor do vento é a cor de setembro?
Vejo e analiso, hoje, Sete de Setembro de dois mil e dezoito, um dia, apenas azul com toda beleza da natureza que brilha sem nada saber dos humanos, das cidades, das desilusões, do cansaço da espera, do medo que assola minutos, as horas e a vida, da matança quase encarada natural, pela calle, da minha cidade Maravilhosa que respira em déficit de oxigênio e se mantém bela mesmo assim, sem deixar transparecer o tédio, o ódio e a fome, mazelas de cada dia, pela indiferença para com a vida, para com a cultura e ao todo quase, onde as chamas oferecem indagações e respostas ao céu e ao vento afagando paredes pedintes agora, únicas sobreviventes, que ora sem teto a sua condição é conviver com as cinzas da História que aos poucos, vai decaindo ainda mais. Irrecuperáveis são os dias e irrecuperável o lastro, o labor intenso, a dedicação total ao que um dia fora e que fenece agora, no setembro sem cor, num sepulcro sagrado, o conhecimento e as eras.
Hoje, não ouço nem vejo fanfarra. A cidade é quieta e a cavalaria passa como qualquer passante, porque o pensamento está mais além e a vicissitude faz do óbvio a temperança à esperança não morrer. Tempos que calam, tempos que oscilam, deliberadamente, aos olhos do cidadão, que frágil leva a vida sem perspectiva de mudança, para ele. Consenso, quando haverá para estancar essa saga, sangria da indiferença, do descaso geral, do desemprego, dos dias sempre mais decadentes para a população que a mingua, desfalece na fila interminável? - Ainda há, por certo, uma réstia de luz, no vindouro mês de outubro que poderá vir a dar alento aos mortais desolados e famintos, dessa nossa pátria querida, Brasil.