A construção obscura do Estádio do Morumbi, e os paralelos com o Itaquerão

DOM, 20/01/2013 - 07:22

ATUALIZADO EM 02/02/2013 - 23:47

Por Breno Cunha

A construção obscura do Estádio do Morumbi, e os paralelos com o

Itaquerão

Em tempos de Copa do Mundo o assunto volta a tona, com alguns questionamentos sobre a construção do estádio do Corinthians e o financiamento público. Ocorre sempre uma lembrança dos fatos ocorridos durante a gestão Adhemar de Barros e Laudo Natel, vice governador que acumulou por um tempo a função de Presidente do S.P.F.C e Governador do Estado de São Paulo.

Inspirado na Lei n° 58, que regulamentava loteamentos, Luís Aranha conseguiu uma entrevista com o presidente da Imobiliária e Construtora Aricanduva, pleiteando que a área a ser destinada para parques e jardins fosse destinada ao São. Paulo FC. (Detalhe, o acionista majoritário da distinta construtora era nada menos que o Governador e torcedor confesso Adhemar de Barros)

* LEI N.0 5.073, DE 31 DE OUTUBRO DE 1956

Dispõe sobre concessão de auxilio e dá

outras providências.

Wladimir de Toledo Piza, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, faço saber que a Cámara Municipal, em sessão de 24 de Outubro de 1956, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1.0 - Fica concedido ao Sâo Paulo Futebol Clube, sociedade civil, com séde e fôro nesta Capital, o auxilio de Cr$ 10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros) para o prosseguimento das obras do seu estádio, no Morumbi.................

Em 1966, em pleno regime de ditadura militar, Laudo Natel já havia se tornado Presidente do São Paulo e, ao mesmo tempo, Governador do

Estado, quando o seu "mentor", Adhemar de Barros, foi cassado por corrupção.

O então Governador determinou que os estudantes da rede pública vendessem carnês chamados "Paulistão". O dinheiro arrecadado seria para a formatura dos alunos, mas, parte da arrecadação serviu para ajudar na construção do novo Estádio.

Obviamente o clube teve que recorrer a instituições financeiras em busca de capital volátil (ou seja, grana viva) para manter essa obra.

Tomaram, por exemplo, um empréstimo de CR$ 5 milhões com a Caixa Econômica Estadual.

Foi importante também a participação do Bradesco, que emitia títulos em prol do São Paulo às empresas negociantes, que lá depois descontavam o valor. (Outra coincidência, Laudo Natel simplesmente era Diretor de Finanças do grupo Bradesco.

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Fontes:

http://spfcpedia.blogspot.com.br/2009/01/construcao-do-morumbi.html

http://blogdopaulinho.wordpress.com/2008/09/09/laudo-natel-explica-doacao-de-terreno-ao-tricolor/

http://www.blogolhada.com.br/post/esportes/morumbi-cidadania-acusa-s%C3%A3o-paulo-de-irregularidade-no-terreno-do-morumbi/PID13325/

http://www.hardmob.com.br/esportes/397932-a-origem-do-estadio-do-morumbi.html

http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2011/07/dossie-do-spfc-diz-que-morumbi-teve-45-de-dinheiro-publico/