Censura a meus textos
Pelo meio eletrônico de contato, a Administração comunica-me de forma polida e firme, haver removido três textos de minha lavra que reputa em desacordo com a política editorial do site.
E explicita que os referidos textos induziriam à duplicidade do entendimento. Não me cabe discordar da política do site, que acatei tacitamente desde que aqui entrei, há quase cinco anos. As regras são suficientemente claras e o seu propósito, mais ainda: busca-se o respeito às convenções sociais, ao bom convívio dentro dos padrões comumente aceitos para a vida comunitária. No caso mais específico, da Confraria, ampla, crescente e sobretudo respeitadora do universo recantista.
E tenho que concordar, também, que os títulos dos textos retirados sugerem, no mínimo, certa capciosidade. Entretanto, a leitura dos textos removidos, não corrobora o sugerido nos títulos, ao contrário, os desdiz.
Esse é meu entendimento e esta a minha intenção.
Devo assinalar que já recebi correspondência reprobatória de publicações minhas. Algumas educadas, outras, nem tanto. E em sua quase totalidade, de pessoas que preferiram não se identificar. Em nenhum caso apaguei esses comentários, louvado no respeito à livre expressão.
Se algo tenho a contestar na decisão unilateral da Administração de remover meus textos é no sentido de que seu conteúdo, ao contrário do que possam sugerir os títulos, não fere a moral ou os bons costumes prevalecentes e comumente aceitos em nossa sociedade. Constitui, sim, forma que entendo como inovadora na exploração dos recursos da linguagem.
E como esse conceito é bastante fluido, não desejo aqui polemizar, ou ferir suscetibilidades. É política editorial do site e é a forma que sua Administração entende, e pronto.
A fim de contextualizar meu posicionamento, devo assinalar que meus textos apresentam historicamente, uma média bastante baixa de leituras, não chegando ainda a 18 leituras por texto. O que mostra que o universo que alcanço com minhas mensagens é bastante, senão, infimamente reduzido, no âmbito do Recanto das Letras.
Ultimamente, em razão de ter enviado links de textos meus a grupos sociais, não membros e não frequentadores do Recanto, essa média de leituras triplicou praticamente.
Reconheço ter leitores frequentes e quase me vejo tentado a nomeá-los, poucos, embora caros que são. Mas resisto a essa tentação. O fato é que entre esses, ou desses, ainda não recebi crítica negativa ao palavreado que uso, sobretudo em minha trovas.
Tenho buscado interagir com a confraria e até criei algumas séries que tem provocado respostas geralmente favoráveis, num clima de mútuo respeito e até admiração.
Por outro lado, tenho também buscado interagir com um universo relativamente amplo do site, geralmente em tom jocoso, mas sempre de forma amistosa. Na maioria dos casos o efeito é satisfatório, em outros, poucos, nem tanto. Mas reconheço que ninguém está obrigado a responder a uma brincadeira de outrem. É tudo uma questão de empatia. Nesse contexto, ser ignorado, ou eventualmente bloqueado, vejo como parte do jogo.
Tenho dito, aliás, tenho escrito.